Evento levanta ações para desenvolver agropecuária gaúcha

11.05.2012 | 20:59 (UTC -3)
Joseani M. Antunes

O Mapa, através da Assessoria de Gestão Estratégica, está promovendo uma série de encontros com representantes da pesquisa, executivo (estado e municípios), assistência técnica, sindicatos rurais, cooperativas, iniciativa privada e instituições bancárias, para formalizar uma política regional de desenvolvimento da agropecuária no Rio Grande do Sul. No dia 10/05, o evento aconteceu na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, uma das macro-regiões definida para as ações.

No Rio Grande do Sul, apenas 7% da população vive no meio rural. A idade média é de 37 anos. A produção primária ainda tem expressão nacional no arroz, trigo, soja, leite, uva, fumo, aves, suínos e hortifruti. Contudo, há grandes extensões de terra em processo de desertificação, frustrações recorrentes com o clima e baixa renda com o pouco uso de tecnologias competitivas. Este é o cenário que chamou a atenção do MAPA e mobilizou uma equipe do ministério para levantar alternativas integradas de desenvolvimento da produção agrícola, pecuária e florestal no Estado.

De acordo com o assessor de gestão estratégica do MAPA, Derli Dossa, o RS possui regiões com características bem distintas em termos de distribuição agropecuária, tanto do ponto de vista econômico, como social e ambiental. Assim, no levantamento de ações que possam desencadear o desenvolvimento, foram definidas três macro-regiões (quadro abaixo), contemplando a Serra e os Vales (Caí, Taquari, Rio Pardo), o Planalto e Região Nordeste, e a Metade Sul. “Vamos analisar diferentes sistemas de produção regionais, avaliando o que pode ser melhorado, seja na pesquisa, na transferência, no crédito rural e nas políticas públicas”, explica Dossa.

Para o diagnóstico dos problemas e soluções passíveis de interferência pela proposta, serão realizadas cinco reuniões durante o mês de maio, definindo os principais desafios em cada região através de grupos de trabalho interinstitucionais. “A consolidação de parcerias é fundamental para potencializar as ações deste programa de desenvolvimento. O trabalho da pesquisa, por exemplo, só terá resultado na produção agropecuária se contar com a extensão rural, com os financiamentos dos bancos e com o aporte de políticas públicas que facilitem a adoção das tecnologias”, avalia a Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Trigo, Ana Christina Albuquerque, lembrando que uma proposta consistente deverá buscar formas de intensificar e diversificar os modelos produtivos existentes.

Ao prazo de cinco anos, um programa gaúcho de desenvolvimento deverá apresentar como resultado:

- Crescimento de 10 a 15% na produtividade média de grãos;

- Crescimento da produção leiteira de 12 a 15%;

- Crescimento da renda média em 10%/ano em 70% das propriedades contempladas;

- Novos sistemas de produção com possibilidade de financiamento bancário integral;

- Aumento de 150 mil hectares na área de milho e incentivos à alimentação dos animais com cereais de inverno (trigo, cevada, triticale).

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