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O governo dos Estados Unidos lançou hoje um plano nacional para proteger o setor agropecuário contra ameaças externas. A medida faz parte da iniciativa "Make Agriculture Great Again" e coloca a agricultura no centro da estratégia de segurança nacional do país.
O "National Farm Security Action Plan" foi apresentado pela secretária de Agricultura, Brooke L. Rollins, ao lado dos secretários de Defesa, Justiça e Segurança Interna.
O plano propõe ações diretas em sete áreas críticas: defesa da terra agrícola; proteção das cadeias produtivas; segurança contra fraudes no sistema de nutrição; blindagem da pesquisa agropecuária; prioridade nacional aos programas do USDA; controle sanitário e defesa da infraestrutura rural.
A medida surge após um episódio classificado como grave pelas autoridades americanas. Em junho, o Departamento de Justiça prendeu estrangeiros -- incluindo um membro do Partido Comunista Chinês -- acusados de contrabandear um fungo letal para dentro dos Estados Unidos.
O patógeno, com histórico de causar bilhões em perdas agrícolas globais, teria sido introduzido por meio de um laboratório de pesquisa americano. O caso acendeu o alerta para a infiltração estrangeira em áreas sensíveis do setor agropecuário.
“Não vamos deixar adversários controlar nossas terras, nossos laboratórios nem nosso sustento”, disse Rollins. “Este plano coloca os agricultores e as famílias americanas em primeiro lugar. O presidente Trump vai continuar lutando por eles.”
O plano prevê endurecimento de regras para estrangeiros que compram terras nos EUA. Inclui também exigência de transparência total e punições mais duras. Atualmente, segundo o senador Tommy Tuberville, o Alabama já soma 2,2 milhões de acres de terras em mãos de estrangeiros. “Isso é perigoso para nossos agricultores e desastroso para a segurança nacional”, declarou.
O governo quer ainda interromper fraudes bilionárias em programas alimentares cometidas por organizações internacionais. Outro eixo prevê a ruptura de acordos com nações consideradas hostis. “As ideias americanas vão ficar na América”, afirmou a secretária.
A estrutura agropecuária também entra no pacote. Instalações rurais, centros de distribuição, frigoríficos e silos passam a ser tratados como ativos de segurança nacional. Haverá protocolos contra ciberataques, sabotagens e bioterrorismo.
A iniciativa conta com apoio de lideranças políticas em vários estados. A governadora do Arkansas, Sarah Huckabee Sanders, lembrou que seu estado foi o primeiro a proibir a compra de terras por empresas chinesas. O governador de Nebraska, Jim Pillen, declarou: “segurança doméstica começa em casa”.
O plano também ganhou apoio de representantes do setor agrícola. O comissário de Agricultura de Kentucky, Jonathan Shell, afirmou que a medida protege tanto a economia quanto a soberania americana. Em Oklahoma, Blayne Arthur destacou a importância da ação para garantir comida segura e abundante à população.
O Departamento de Justiça vai reforçar o combate ao agroterrorismo. “Vamos processar quem ameaçar a agricultura americana, aqui e fora do país”, disse a procuradora-geral Pam Bondi. Já o secretário de Defesa, Pete Hegseth, alertou para o risco de terras agrícolas perto de bases militares controladas por estrangeiros.
Para a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, um país que não consegue alimentar seu povo não pode se defender. “Nunca permitiremos que outro país controle nosso abastecimento. A comida é nossa liberdade.”
O plano estabelece que todas as políticas do USDA – de empréstimos a produtores a inspeções sanitárias – sigam a diretriz America First. O objetivo, segundo Rollins, é garantir autonomia em produção, distribuição e inovação.
O secretário de Agricultura da Geórgia, Tyler Harper, sintetizou a proposta: “uma nação que não consegue se alimentar, não consegue se defender”.
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