Estudo inédito sobre benefícios econômicos e sociais da tecnologia INTACTA RR2 PRO é apresentado durante seminário “Caminhos da Soja no Brasil”

12.06.2013 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Durante o seminário “Caminhos da Soja no Brasil”, realizado na última terça-feira (11), no Hotel Hilton, em São Paulo/SP, pelo jornal Valor Econômico, estudo inédito realizado pela MB Associados, consultoria especializada em análises macroeconômicas, demonstrou os impactos econômicos e sociais da adoção da nova tecnologia para soja da Monsanto, a INTACTA RR2 PRO, no mercado agrícola. De acordo com o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Associados e coordenador do estudo, o benefício ao consumidor do desenvolvimento tecnológico no cultivo da soja é o menos lembrado e o mais significativo sob o ponto de vista da melhoria social. “O preço real da cesta básica apresenta consecutiva queda nas últimas décadas. E quando considera os produtos afetados pela lavoura da soja, ou seja, o frango, os ovos e o próprio óleo de soja, nota-se que a queda é ainda mais expressiva. O preço do frango hoje custa 18% do valor cobrado em 1974. Ou seja, o barateamento do farelo de soja permitiu ao brasileiro consumir fontes baratas de proteína animal”, afirma Mendonça de Barros.

A comparação entre o comportamento do índice geral de preços de alimentos no mercado interno e o índice de preço da soja no Brasil mostra que os preços reais dos alimentos caíram 3,4% ao ano, no período de 1974 a 2012. Já no caso dos alimentos diretamente relacionados com a soja, o preço real caiu a uma taxa de 4% ao ano, segundo o estudo da MB Associados. Outro fator lembrado por Mendonça de Barros é o desenvolvimento regional promovido pelo agronegócio. “Os municípios que produzem soja têm IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) melhor do que os demais e isso não é uma coincidência. O impacto positivo da produção de soja não é só econômico, no que diz respeito à geração de emprego e renda, mas também de melhoria na qualidade de vida das pessoas”, enfatizou o economista.

O trabalho inédito realizado pela MB Associados, e apresentado no seminário, mostra os benefícios econômicos e sociais da tecnologia desenvolvida para soja, a INTACTA RR2 PRO, estimando sua adoção em 50% das lavouras brasileiras do grão. Foram considerados para o estudo os seguintes aspectos: a partir dos dados de ganho de produtividade obtidos em 1 mil produtores de diversas regiões do Brasil, nas safras 2011/12 e 2012/13 (até maio), foi estimado o aumento total na produção brasileira de soja, com diferentes níveis de adoção da tecnologia; com base neste ganho na produção total, foi estimado o benefício no valor bruto da produção de soja; com base neste ganho econômico no valor da produção, foi calculado o ganho na renda dos trabalhadores assalariados e na remuneração de terceiros, utilizando o método de matriz insumo-produto; com o mesmo método, foi calculado o aumento no número de empregos adicionados à economia por consequência do aumento da produção. Por fim, tomando por base a participação da soja no PIB (Produto Interno Bruto) agrícola, a participação do PIB agrícola no PIB total e a elasticidade da arrecadação de tributos com relação a variação no PIB, estimado com modelo econométrico especifico, foi calculado o ganho tributário decorrente do aumento da produção de soja por consequência da tecnologia INTACTA RR2 PRO.

Para José Roberto Mendonça de Barros, coordenador do estudo, os efeitos da melhoria para a sociedade brasileira – seja do ponto de vista de elevação de renda e de emprego dos produtores e dos trabalhadores nacionais, seja pelo aumento no saldo comercial – e na relevância geopolítica do Brasil na alimentação de parcela expressiva da população mundial justificam a adoção da nova tecnologia pelos agricultores no país. “A teoria econômica nos ensina que a única maneira de progresso é o avanço permanente da tecnologia. É ela que transforma as sociedades e reduz as desigualdades entre as nações. Sendo assim, entendemos que a utilização da soja INTACTA representa uma grande contribuição para o futuro da sociedade brasileira”, afirma o economista.

Os principais benefícios econômicos e sociais da tecnologia INTACTA RR2 PRO, considerando o cultivo em 50% das lavouras brasileiras, de acordo com a MB Associados, são:

Aumento de produtividade: 5,84 sacas/hectare

Aumento na receita do produtor: R$ 292/hectare

Aumento na produção de soja: 4,8 milhões de toneladas

Aumento no valor bruto da produção: R$ 4,2 bilhões

Geração de empregos: 310 mil postos de trabalho

Aumento da renda de salários dos trabalhadores: R$ 4,1bilhões

Aumento no PIB Agropecuário: + 1,1 %

Aumento na Arrecadação Federal: R$ 951 milhões

Fonte: Dados da pesquisa MD Associados com base em 1.000 campos experimentais de soja nas safras 2011/12 e 2012/13 (até maio).

Veja o estudo completo no link:

Outros assuntos debatidos por lideranças do setor agrícola no decorrer do Seminário “Caminhos da Soja no Brasil”, que teve patrocínio da Monsanto do Brasil e apoio da Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e Mudas) e da Coodetec (Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola), foram os avanços científicos nos últimos anos, novas tecnologias, propriedade intelectual, desafios regulatórios e logísticos e perspectivas para a produção de soja no Brasil. Para Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira, o país avançou na produção agrícola após vencer a oposição ideológica aos produtos transgênicos no mercado. “Se não fossem os transgênicos, estaríamos alijados da agricultura mundial e não teríamos a tranquilidade de hoje para gerenciar a economia brasileira”, afirmou.

Na opinião dos participantes do seminário, não há dúvidas de que o desenvolvimento e a adoção da biotecnologia nas lavouras foram e são fundamentais para o aumento da produtividade de forma sustentável. “Graças às tecnologias desenvolvidas por empresas como a Monsanto, o Brasil está hoje no topo da produção de soja no mundo. Nossa produção aumentou 820% nos últimos 50 anos e a produtividade, 300%. Essas tecnologias também nos permitem produzir em quase todo território brasileiro. Temos 67% do mercado mundial de farelo proteico para alimentação animal”, afirmou Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e ex-ministro da Agricultura (período 1998 - 1999). O plantio de sementes transgênicas na safra 2012/2013 corresponde a 88% das lavouras brasileiras de soja.

O presidente da Monsanto do Brasil, Rodrigo Santos, lembrou, durante o evento, que o avanço brasileiro no cultivo da soja começou há pelo menos 40 anos. “Quando começamos a plantar soja no Brasil, produzíamos uma tonelada por hectare, hoje temos tecnologias cada vez mais eficientes sendo lançadas no mercado que nos permitem colher 3,6 toneladas por hectare. E esse é só o começo do nosso desafio. A população mundial chegará a 9 bilhões nos próximos 20 anos e teremos que dobrar a produção de alimentos para atender a essa população. Acreditamos que a biotecnologia pode ajudar muito nesse sentido”, disse ele.

Rodrigo Santos falou ainda sobre a nova tecnologia para soja, a primeira lançada com foco num mercado fora dos Estados Unidos. “Começamos a desenvolver a INTACTA RR2 PRO há mais de 10 anos e nos dois últimos dois anos implantamos o maior programa de testes realizado no mundo, sob gestão responsável, com mil agricultores plantando sementes com a nova tecnologia e ajudando a selecionar as melhores variedades. E agora estamos muito felizes por receber a notícia do MAPA sobre a aprovação da China para importação da INTACTA. Temos certeza que, trabalhando juntos, manteremos o Brasil em destaque no cenário agrícola internacional”, destaca o presidente da Monsanto do Brasil.

Na opinião de líderes que participaram do seminário “Caminhos da Soja no Brasil”, entraves regulatórios e logísticos são as principais pedras no caminho do avanço da cultura da soja. No que diz respeito à regulamentação, Ivo Carraro, presidente da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), avalia que a alta complexidade, normas díspares nos diferentes países, custo elevado e falta de sincronia nos processos regulatórios são os principais complicadores para aprovação de novas tecnologias. “O advento da biotecnologia ampliou a complexidade dos processos de regulamentação e hoje é preciso aprender a respeitar as sementes como chips portadores de tecnologias diversas. A falta de sincronia nos sistemas de regulação entre os países também é muito complicada. A INTACTA, por exemplo, foi aprovada no Brasil em 2010 e somente agora, na China. Em dois anos, se perde muito em uso de tecnologia”, pondera Ivo Carraro.

O chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre José Cattelan, avalia que é necessário um processo de aprovação global para produtos de commodity. “Naturalmente, esse é um desafio global, que requer planejamento extenso, tempo e recurso”, diz. Além disso, para Carraro, é fundamental rever algumas exigências superadas pelo tempo e pela experiência. “Já se conhece os produtos transgênicos, não é mais algo novo que precise de estudos. O assunto deve ser tratado de forma competitiva e de importância estratégica para o país”, afirma Cattelan.

Sobre os problemas logísticos para escoamento da produção, o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, fez uma comparação. “Gasta-se mais tempo para conseguir uma licença de nova tecnologia do que para construir uma estrada”, disse Glauber. Para ele, o governo brasileiro precisa investir naquilo que dará retorno e infraestrutura de transporte é prioridade. O consultor em logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antônio Fayet, concorda que é preciso haver investimento do governo em infraestrutura de transporte. “O agronegócio tem importância vital para o Brasil, sustentamos o mercado interno. Cerca de 90% do valor do grão do milho ou da soja é conteúdo nacional. Já no caso do automóvel, por exemplo, somente 25% de sua produção ocorre dentro do país, o restante vem de fora. O governo precisa ter uma visão estratégica. As exportações do agronegócio alavancam o desenvolvimento interno e o Brasil vai ser agora um dos principais fornecedores para os outros mercados mundiais”, finaliza Fayet.

Desenvolvida pela Monsanto ao longo dos últimos 11 anos, a INTACTA RR2 PRO é a única no mercado que alia três soluções: tecnologias avançadas no mapeamento, na seleção e na inserção de genes em regiões do DNA com potencial aumento na produtividade; tolerância ao glifosato, proporcionada pela tecnologia Roundup Ready (RR); e controle das quatro principais lagartas que atacam a cultura da soja – lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis), lagarta falsa medideira (Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu), broca das axilas, também conhecida como broca dos ponteiros (Crocidosema aporema) e lagarta das maçãs (Heliothis virescens), além da supressão à lagarta do tipo elasmo (Elasmopalpus lignosellus).

Após recentes ensaios realizados em laboratórios, casas de vegetação e campos demonstrativos na safra 2012/13 em várias regiões do Brasil, foi constatado ainda que a tecnologia INTACTA RR2 PRO confere supressão às lagartas do gênero Helicoverpa (Helicoverpa zea e Helicoverpa armigera). De acordo com pesquisadores da Monsanto, nos mil campos dos agricultores que experimentaram a tecnologia a convite da empresa na safra 2012/13 em 350 municípios de 14 estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Bahia, Rondônia, Piauí e o Distrito Federal), não foram verificados danos causados pelas lagartas do gêneroHelicoverpa.

A tecnologia INTACTA RR2 PRO já está aprovada no Brasil (desde 2010), nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Colômbia, México, Filipinas, Tailândia, Argentina, Paraguai, Uruguai, Japão, Coreia do Sul, Rússia, Taiwan e União Europeia. Em 10 de junho, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) anunciou a aprovação da China para importação de soja com a nova tecnologia. Com a aprovação do principal mercado importador do grão oficializada, a tecnologia INTACTA RR2 PRO estará disponível aos agricultores brasileiros na safra 2013/14.

Testes realizados na safra (2011/2012) por 500 agricultores em 275 municípios de todo o país, mostraram que o benefício proporcionado por INTACTA RR2 PRO é de R$ 346,91 por hectare aos agricultores no Brasil. A média é um somatório da economia proporcionada pela redução do uso de inseticidas nas lavouras (R$ 70,13/ha) e pelos ganhos com produtividade proporcionados pelas 6,59 sacas/hectare (R$ 276,78) colhidas a mais em relação às variedades existentes no mercado.

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