Estudo aborda cultivo in vitro de meloeiro

Programa de melhoramento genético de cultivares de meloeiro amarelo promove uma série de esforços visando ao crescimento dessa atividade

18.01.2023 | 13:49 (UTC -3)
Embrapa
Foto apresenta diferentes tipos de explantes usados no experimento; Foto: Frederico Inácio Costa de Oliveira
Foto apresenta diferentes tipos de explantes usados no experimento; Foto: Frederico Inácio Costa de Oliveira

O desenvolvimento de tecnologias agrícolas é imprescindível para o fortalecimento das cadeias produtivas. O programa de melhoramento genético de cultivares de meloeiro amarelo promove uma série de esforços visando ao crescimento dessa atividade. 

O estudo “Estabelecimento in Vitro de Meloeiro Amarelo Híbrido Goldex” aborda a aplicação de técnicas biotecnológicas no programa de melhoramento genético do meloeiro amarelo. Nesse processo, é indispensável o desenvolvimento de protocolos de regeneração de plantas por cultura de tecidos, sendo a primeira etapa o estabelecimento in vitro, que consiste no cultivo de células, tecidos ou órgãos vegetais. São utilizados nesse modelo de produção recipientes semi-herméticos, com condições de assepsia e controle de luminosidade, temperatura, umidade e pH.

Na pesquisa de estabelecimento in vitro do Meloeiro Amarelo Híbrido Goldex, os pesquisadores buscaram definir o tipo de explante e o procedimento de desinfestação mais adequado. Para a multiplicação in vitro, o estudo aferiu que o recomendado é a utilização de explantes obtidos diretamente da planta matriz. Assim, quando se faz o uso de explantes excisados a partir de plantas mantidas em campo ou em casa de vegetação, a desinfestação, ou seja, a remoção de contaminantes existentes na superfície do próprio explante, é um passo indispensável no processo de micropropagação. 

O processo de desinfestação é a primeira etapa para o estabelecimento in vitro de uma cultura, implicando a eliminação dos microrganismos superficiais do explante, a fim de evitar contaminações extremamente prejudiciais na introdução, incubação e manipulação do material. Os danos causados pela contaminação microbiana são inúmeros pelo fato desses organismos competirem com os explantes pelos nutrientes do meio de cultivo, além de liberarem metabólitos tóxicos que podem ocasionar a morte do explante.

Uso do cloro

A pesquisa concluiu que o aumento da concentração de cloro ativo na solução desinfetante e o maior tempo de exposição ao etanol 70% resultam em menor porcentagem de contaminação e maior índice de oxidação dos explantes de gema apical e folha jovem. O explante de gavinha - utilizando-se o procedimento de desinfestação com imersão em etanol 70% durante 1 minuto, com posterior submersão em solução de hipoclorito de sódio (NaClO) com 0,1% de cloro ativo por 7,5 minutos, seguido de três enxágues com água destilada e autoclavada - é o mais adequado para o estabelecimento da cultura in vitro do meloeiro amarelo híbrido Goldex. O percentual de contaminação é inversamente proporcional ao percentual de oxidação.

Determinar os métodos que aprimoram o uso da cultura de tecidos é de grande importância, uma que vez que estes visam reduzir a taxa de contaminação, suavizar os índices de oxidação no meio de cultivo e nos tecidos vegetais e, consequentemente, elevar o sucesso do estabelecimento in vitro de explantes de meloeiro.

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