ESPECIAL EXPODIRETO: Projeto Aquarius ­ 15 anos de pioneirismo em Agricultura de Precisão

10.03.2015 | 20:59 (UTC -3)

Em 2015, o Projeto Aquarius completa 15 anos de pesquisas e importantes resultados em Agricultura de Precisão, o que faz com que seja conhecido como um dos principais projetos de Agricultura de Precisão do mundo.

O projeto foi iniciado quando as principais experiências com Agricultura de Precisão se encontravam fora do país e em condições muito distintas das encontradas no Brasil. Portanto, havia muito a ser feito em termos de validação, pesquisa e desenvolvimento, além de formação de recursos humanos que pudessem utilizar na plenitude as inovações tecnológicas que estavam sendo introduzidas.

Com a visão de que o processo produtivo deveria ter um novo arranjo que possibilitasse a rápida incorporação das inovações tecnológicas a medida que elas se mostrassem vantajosas em relação as práticas tradicionais, um grupo de empresas se reuniu e fundou o Projeto Aquarius, sendo elas Stara, Massey Fergusson, Monsanto e Serrana Fertilizantes. Com a importante participação de produtores rurais, o Projeto teve início em duas áreas da Fazenda Anna, em Não­Me­Toque, Rio Grande do Sul, denominadas Lagoa (com 136 ha) e Schmidt (124 ha). No ano 2000, as produtividades médias eram de 28,3 sc/ha de soja e 40 sc/ha de milho, tornando o aumento da produtividade um desafio e foco de pesquisa dentro do projeto.

O objetivo inicial do Projeto Aquarius era demonstrar que a agricultura de precisão poderia ser aplicada em escala comercial nas lavouras do Brasil. Para isso, as empresas parceiras facilitaram o acesso aos equipamentos e forneceram o suporte às tecnologias, com a administração das áreas pelos produtores agrícolas. Além disso, o resultado econômico das áreas experimentais era integralmente dos produtores fazendo com que a margem de erro no processo de inovação fosse muito pequena.

No ano 2000 as tecnologias disponíveis para a Agricultura de Precisão eram limitadas a amostragem de solo georreferenciada, elaboração de mapas temáticos de atributos de solo e de colheita. A grande maioria das tecnologias e equipamentos eram importados e com elevado valor, além de apresentarem dificuldades da língua estrangeira, o que impedia o acesso à maioria dos agricultores brasileiros.

No ano de 2003, o Projeto Aquarius deu um grande passo para sedimentar a sua credibilidade como pesquisa e não apenas como foco comercial, com a entrada da Universidade Federal de Santa Maria, fundamentando as pesquisas realizadas. Em 2005, a cooperativa agrícola Cotrijal ingressa no Aquarius, expandindo as áreas experimentais para 12 municípios da região. Em 2009, a empresa de fertilizantes Yara passou a fazer parte do Projeto, trazendo tecnologias como o N­Sensor, sensor para fertilização nitrogenada em tempo real. Já em 2011, a tecnologia de sementes usadas nos experimentos passa a ser da Pioneer, que, com o híbrido 30F53YH alcançou a produtividade média de 212 sc/ha de milho.

Com o desenvolvimento das pesquisas, as empresas parceiras foram tornando comerciais os seus resultados através do lançamento de novas tecnologias em máquinas, como o escarificador Fox e o distribuidor autopropelido Hércules 5.0 com N­Sensor da Stara, consolidação nas das tecnologias de fertilizantes como o YaraBela, novos híbridos e formas de manejo que alavancaram as produtividades, além do curso de mestrado profissional em Agricultura de Precisão na UFSM, criado a partir dos estudos realizados no Aquarius.

O Projeto Aquarius chega aos seus 15 anos com a consolidação do seu objetivo de pesquisa, com importantes resultados conquistados. Atualmente, são desenvolvidos experimentos em 4 propriedades em Não­Me­Toque e Santo Antônio do Planalto, com a parceria com a Stara, UFSM, Cotrijal, Yara e Pionner.

Para comemorar os 15 anos de pesquisas ininterruptas do Projeto, às 15 h do dia 11 de março acontecerá uma solenidade para homenagear todos os produtores que participaram do Aquarius, no auditório da UFSM, em seu stand na Expodireto.

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