Escola Agrícola e adesão de jovens são destaques em conferência nacional

21.10.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

A 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (CNDRSS), encerrada nessa quinta-feira (17), em Brasília, com a aprovação de cem propostas que priorizam o desenvolvimento do Brasil Rural para os próximos anos, trouxe elementos importantes para a continuidade das ações do setor no Rio Grande do Sul. A avaliação é do diretor do Departamento de Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural (DAF/SDR), José Adelmar Batista, um dos 46 delegados representantes do RS na Conferência.

"Acredito que tenha sido um dos melhores eventos de que participei nos últimos tempos, especialmente pela riqueza de conteúdo. Começamos sem um documento base, mas através das etapas territoriais, setoriais e estaduais fomos construindo importantes propostas por meio de uma participação ampla, um debate bem elaborado e com profundidade", avaliou.

Escola Agrícola

Presente na Conferência Estadual do Rio Grande do Sul, realizada no final do mês de julho, o tema da Escola Agrícola voltou a entrar em pauta, agora em âmbito nacional. Ao final da atividade em Brasília, foi aprovada uma moção para que seja registrado o curso de Agroecologia, já que muitos Estados não registram no diploma dos estudantes a atividade.

"Nossos estudantes de agroecologia querem ter escrito no seu diploma a atividade que desempenharam, e essa moção representa uma vitória para o ramo da agroecologia", frisa Batista.

Paridade e adesão dos jovens

A mescla entre homens, mulheres e jovens também foi comemorada. De acordo com o regulamento da Conferência, dos 46 delegados eleitos no Rio Grande do Sul, 16 deveriam ser mulheres da sociedade civil e sete do poder público. Além disso, dez jovens (20%) deveriam fazer parte do total de delegados.

"Para a Conferência valer, tínhamos que ter 50% homens e 50% mulheres, o que representou um grande avanço. E dessa paridade de 50%, deveríamos ter 20% de jovens, que levaram para a Conferência o desejo da sucessão e de permanecer na terra", afirmou o diretor do DAF.

Segundo Batista, não dá para pensar a agricultura como se pensava há muitos anos atrás: "essa visão de que as coisas não são mais como no meu tempo de agricultor tem que ser feita. Agora devemos produzir um novo tempo, e os jovens trouxeram suas reivindicações para isso".

O documento final produzido pelos 1,2 mil delegados e delegadas será usado para a construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário do país. Tiveram direito à voz e voto representantes da sociedade civil - agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais, jovens e mulheres rurais - e do poder público.

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