Agronegócio paulista exporta US$ 1,7 bilhão em janeiro
Engenharia de Sistemas Agrícolas é o nome do recém criado programa de pós-graduação que a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) oferecerá a partir deste mês de março, compreendendo os cursos de mestrado e doutorado. O programa surgiu diante do anseio de um grupo de docentes de quebrarem paradigmas ao substituírem disciplinas clássicas e implementarem novas linhas de pesquisa. O novo programa agregará orientadores dos recém incorporados programas em Máquinas Agrícolas, Irrigação e Drenagem e Física do Ambiente Agrícola.
De acordo com o coordenador, José Paulo Molin, a proposta de unir os três programas anteriores em um só foi discutida com a Comissão de Pós-graduação (CPG) da ESALQ e, posteriormente, aprovada pela Pró-Reitoria de Pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP). “Nós criamos linhas novas de pesquisa que estão acima das linhas anteriores. Agora vamos focar os trabalhos em três linhas de observação: Tecnologia, Ambiente e Gestão. Essas linhas caracterizam-se por serem grandes agrupamentos de atividades, diferenciadas pela abordagem e não pelas disciplinas fundamentais”, revela o professor.
Molin explica que Tecnologia é o conjunto das técnicas, artes e ofícios capazes de modificar ou transformar o ambiente em novas realidades construídas artificialmente. Ela contempla as atividades mais clássicas da aplicação da engenharias nos sistemas de produção agrícola, pecuário e florestal e permite a atuação de projetos de solução de problemas.
A linha de pesquisa Ambiente reúne as atuações voltadas ao estudo do ambiente agrícola e dos princípios físicos que regem seu funcionamento.
Por último, a linha Gestão cuida da prática no ambiente agrícola ou ecológico pela tomada de decisões racionais e fundamentada na coleta e tratamento de dados e informação. No contexto dessa linha de pesquisa são alocadas as atuações dos orientadores com suas pesquisas voltadas para a visão sistêmica, dando suporte às políticas públicas e planejamento macro e micro de empreendimentos do agronegócio. Nessa linha, as tradicionais especialidades da engenharia aplicada à agricultura são utilizadas numa abordagem mais ampla, com enfoque para a gestão de processos e de sistemas dentro do ambiente agrícola de produção e suas relações com os recursos naturais, setor econômico e a demanda de alimentos, fibras e energia nas diferentes cadeias do agronegócio.
“Essa foi a forma que encontramos para atingirmos um novo patamar e isso foi muito bem aceito pela Capes que fez uma avaliação inicial antes da criação do programa e já atribuiu um nível 5 (ótimo) para ele. Nossa meta é de subirmos esse patamar num médio prazo”, revela o coordenador.
Sobre os ajustes pertinentes à reestruturação do novo programa de pós-graduação em Engenharia de Sistema Agrícolas, Molin explica que “os alunos que estava regularmente matriculados puderam optar pela migração para o novo programa. Os orientadores, predominantemente do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB), já migraram automaticamente com suas atividades e projetos de pesquisa”, explica o professor.
As tratativas da criação do novo programa começaram no início de 2008. Ao final daquele ano o projeto foi definido. Em 2009, a proposta foi apresentada aos colegiados da ESALQ e, só em junho de 2010 é que seguiu para avaliação e posterior aprovação da Capes em outubro. “Após todo esse processo, a Pró-Reitoria de Pós-graduação da USP iniciou a implementação e nos informou, então fizemos eleição para criação da Comissão Coordenadora do Programa - CCP e fizemos a primeira reunião ordinária. Já estamos trabalhando”, finaliza Molin.
Informações pelo site www.esalq.usp.br/pg
Alicia Nascimento Aguiar
Assessoria de Comunicação
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura