​ESALQ foi credenciada como unidade da Embrapii

A Empresa Brasileira de Pesquisa de Inovação Industrial anunciou o credenciamento de sete novas unidades; ESALQ irá atuar na área de Biocontroladores de pragas agrícolas

05.04.2017 | 20:59 (UTC -3)
Caio Albuquerque

A Empresa Brasileira de Pesquisa de Inovação Industrial (EMBRAPII) divulgou na última sexta-feira, 31/03 o resultado preliminar da Chamada Pública 01-2016, que selecionou sete novas Unidades que irão atuar em áreas de competência diversas. O valor total dos planos de ação das selecionadas é de R$ 177 milhões, sendo R$ 58,8 milhões da EMBRAPII.

As novas Unidades irão atuar em áreas de competência inéditas e com alta demanda por inovação e de mercado. A área agrícola foi contemplada nessa Chamada e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ), atuará na área de Biocontroladores de pragas agrícolas.

A área de competência proposta pela ESALQ-USP no credenciamento é intitulada “Biocontroladores e processos biotecnológicos no manejo sustentável de pragas agrícolas”. Assim a Unidade EMBRAPII em Biocontroladores e Processos Biotecnológicos possui uma das estruturas mais modernas e equipadas do Brasil na sua área de pesquisa. Os laboratórios da Unidade EMBRAPII na ESALQ hospedam coleções biológicas com grande potencial biotecnológico, ocupam uma área de mais de 30.000 m2, sendo 4.500 m2 de área construída, compreendendo 14 laboratórios de pesquisas, 24 casas-de-vegetação, e outros 26.000 m2 de campos experimentais.

O coordenador geral do projeto responsável pela gestão técnico-científica e administrativa é o prof. Italo Delalibera Júnior, do Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ e contará com um Conselho Executivo composto por seis professores e um gestor de projetos, planejamento e negócios. “A ESALQ-USP atuou ativamente desde sua fundação no desenvolvimento de produtos, processos e programas de controle de pragas. Foi pioneira no desenvolvimento de produtos de controle biológico, tendo desenvolvido os três primeiros biopesticidas à base de fungos entomopatogênicos registrados no país para o controle de pragas. Estes produtos são usados em milhões de hectares”, afirma o docente.

Segundo Delalibera, os trabalhos desenvolvidos evitaram, somente na citricultura, perdas da ordem de até 1,32 bilhão de dólares nas últimas décadas. “O controle biológico da broca-da-cana com parasitoides representou, apenas para o estado de São Paulo, uma redução anual de perdas da ordem de 80 milhões de dólares A equipe fomentou a formação de empresas de base tecnológica (“startups”) especializadas na produção e comercialização de inimigos naturais, com destaque para a Bug Agentes Biológicos e a PROMIP”.


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