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Acontecerá nos dias 6 e 7 de outubro a Jornada Produtiva da Batata, na Fazenda Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em Pouso Alegre, Sul de Minas. O evento será realizado pela EPAMIG, em parceria com Embrapa, Emater-MG, Adubos Real, Syngenta e Associação dos Bataticultores do Sul do Estado de Minas Gerais (Abasmig). Os pesquisadores da EPAMIG Joaquim de Pádua e da Embrapa Antônio César Bortoletto apresentarão cultivares de batatas nacionais, desenvolvidas pela Embrapa, e cultivares introduzidas de outros países como Holanda, França e Estados Unidos, já registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e cultivadas em Minas Gerais, além de outras cultivares em fase de testes.
Algumas cultivares têm finalidades específicas de uso como na forma de frituras, assadas e cozidas, e outras com dupla aptidão de uso. “As cultivares selecionadas pela Embrapa apresentam maior rusticidade e tubérculos com melhor qualidade para fritura”, explica Pádua. Os bataticultores também saberão mais sobre manejo e práticas culturais, adubação e fertilizantes, mecanização, irrigação, controle de pragas e doenças da batata, que serão abordados por técnicos de empresas do segmento.
Estão sendo testadas na Fazenda Experimental da EPAMIG mais de 10 cultivares. “Algumas são resultantes de melhoramento genético realizado pela Embrapa e Universidade Federal de Lavras (Ufla). Elas apresentam características como rusticidade, são mais resistentes”, informa Joaquim de Pádua. Os bataticultores também saberão mais sobre manejo e práticas culturais, adubação e fertilizantes, controle de pragas e doenças da batata, que serão abordados por técnicos de empresas do segmento. Também estão sendo conduzidos, na Fazenda Experimental, ensaios nas áreas de melhoramento, nutrição mineral, controle de pragas e doenças, além de manejo e conservação do solo. Segundo Pádua, a EPAMIG também conduz trabalho, em parceria com a CeasaMinas, na área de segmentação de mercado. “O objetivo deste trabalho é orientar o consumidor, principalmente a dona de casa quanto ao uso adequado de cada cultivar de batata, saber escolher qual é a mais adequada para as diferentes formas de uso como cozimento, assada ou fritura”, explica.
Segundo com o pesquisador a variedade mais produzida em Minas e no Brasil é a Ágata, de origem holandesa, correspondendo por cerca de 80% da produção nacional. “A ágata apresenta boas características aparência, pele lisa e brilhante. Portanto, bem aceita no mercado”, diz. O produtor também vê vantagens na Ágata pelo fato de ser uma cultivar bastante produtiva e com ciclo precoce. “Com cerca de 80 dias já é possível colher, além de ser uma batata que apresenta baixo percentual de defeitos”, acrescenta. Entretanto, o pesquisador explica que é uma cultivar de baixo teor de matéria seca, tubérculos com brotação rápida e sensível ao esverdeamento, de baixa conservação, necessitando ser comercializada e consumida rapidamente. “A Ágata é adequada apenas para cozimento, enquanto que o maior volume de batata consumida no Brasil é na forma de fritura”, explica.
De acordo com Pádua, os principais gargalos da produção de batata em Minas Gerais são falta de planejamento da produção e desorganização dos produtores. “Falta também estudo de mercado para evitar excesso de oferta e queda dos preços na comercialização e não haver sobras no mercado”, observa. Para ele, o produtor não deve pensar somente em quantidade e, sim, estar atento quanto à qualidade do produto. Os participantes também poderão conferir novas tecnologias de vários segmentos da cadeia produtiva da batata nos estandes das empresas: EPAMIG, Embrapa, Emater-MG, CeasaMinas e Ufla. O evento contará com o apoio de 23 empresas da iniciativa privada ligadas à cadeia produtiva da batata.
Erasmo Reis / EPAMIG
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