Epamig faz obras de modernização da vinícola experimental em Caldas

Unidade atende vitivinicultores de Minas Gerais e de novas regiões produtoras; as intervenções somaram aproximadamente R$ 500 mil

13.11.2023 | 11:05 (UTC -3)
Mariana de Assis
Foto: Erasmo Pereira 
Foto: Erasmo Pereira 

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realiza obras para a modernização das instalações da vinícola, localizada no Campo Experimental de Caldas (Sul de Minas). As intervenções, no valor aproximado de R$500 mil, em recursos próprios, vão permitir a atualização da estrutura, proporcionando maior segurança e mais comodidade aos colaboradores.

“As melhorias incluem construção de novos banheiros e vestiários para a equipe, instalação de corrimão, construção de uma escada, elevador para o transporte de equipamentos, além do revestimento e da ampliação da cave para o armazenamento da produção”, destaca o enólogo Lucas Amaral.

Tradição e novos terroirs

A Estação Experimental de Viticultura e Enologia de Caldas foi inaugurada em 1936, pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, foi um dos três primeiros centros de pesquisa especializado em uva e vinho no Brasil e a primeira vinícola experimental da região Sudeste. Cedida para a Epamig na década de 1970, atendia as demandas de viticultores da região para a produção de vinhos de mesa e suco de uva. No começo dos anos 2000, tiveram início as pesquisas para a produção de vinhos finos, por meio da metodologia de dupla poda da videira.

Foto: Erasmo Pereira 
Foto: Erasmo Pereira 

Além dos trabalhos voltados para a valorização da produção de vinhos de mesa e capacitação dos pequenos produtores de municípios da região, a Unidade difunde tecnologias para produção de vinhos finos e espumantes em diferentes partes do Brasil. Também oferece apoio a novos produtores e serviços como elaboração e preparação de vinhos para a chegada ao mercado. As pesquisas englobam identificação e introdução de novas cultivares, testagem de porta-enxertos, manejo, controle de pragas e combate à podridão, uso de madeiras brasileiras para o envelhecimento de vinhos, vitivinicultura de precisão, enoturismo, dentre outros.

Atualmente, são 26 vinícolas atendidas (com processamento da produção realizado na Epamig), sendo 16 de Minas Gerais, nove de São Paulo e uma do estado do Rio de Janeiro. “Recebemos produtores que já têm experiências em atividades agrícolas e também aqueles que estão iniciando nos negócios pela vitivinicultura”, comenta Lucas Amaral.

A expansão da tecnologia da dupla poda da videira tem feito surgir novas regiões produtoras no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil. “Antes da dupla poda era impossível imaginar a produção de vinhos de alta qualidade, por exemplo, em municípios como Uberaba, Araxá (MG) e Petrópolis (RJ). A Epamig vem testando esses novos terroirs e com excelentes resultados. Um exemplo recente é o vinho Quinta do Carcará, produzido em Capitólio (MG), que já na primeira safra foi classificado entre os cinco finalistas do Prêmio CNA Brasil Artesanal Vinhos e Espumantes e vai para a avaliação pelo júri popular, no 18 de novembro, e à disputa por medalha no encerramento do Concurso no mês dezembro”, acrescenta o enólogo.

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