DF apresenta centro avançado de sequenciamento de genomas
A EPAMIG Zona da Mata está coordenando um estudo que avalia a utilização de um ácaro predador para controlar a ação do ácaro branco na produção de pimenta.
O trabalho foi desenvolvido em laboratório e na casa de vegetação da EPAMIG, conduzido pelo aluno Fredy Alexander Rodrigues Cruz, bolsista do Instituto Colombiano de Credito y Estudios Técnicos en el Exterior, como dissertação de mestrado em entomologia da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Segundo a pesquisadora da EPAMIG, Madelaine Venzon, que coordenou o trabalho, os resultados, até o momento, indicam que o predador tem potencial de controle do ácaro branco e pode ser uma alternativa para uso no manejo ecológico da praga em pimenta. “Ainda são necessários testes em campo para comprovar os resultados obtidos em laboratório, o que será um dos objetivos da tese de doutorado do aluno”, explica. Esses testes serão realizados na EPAMIG e na UFV, com previsão de resultados em dois anos.
O Polyphagotarsonemus latus (ácaro branco) é uma praga que afeta diversas culturas de interesse econômico e, na Zona da Mata, a espécie é considerada um dos principais prejuízos à produção de pimenta malagueta. As plantas atacadas apresentam folhas curvadas, ressecadas e bronzeadas, que podem cair prematuramente e, geralmente, apresentam flores e frutos deformados. Esses sintomas podem ser manifestados rapidamente, indicando que um número reduzido de ácaros é suficiente para provocar prejuízos econômicos, aponta Madelaine Venzon.
Por não existirem acaricidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para controle do ácaro branco em pimenta, a maioria dos produtores utiliza acaricidas sintéticos, indicados para outras culturas. O controle biológico de pragas, onde são utilizados organismos vivos, é uma estratégia alternativa ao controle químico, sem inconvenientes. “Além dos problemas associados ao uso exclusivo e abusivo do controle químico, tais como intoxicações, contaminação ambiental, presença de resíduos nos frutos, essa forma de controle não tem sido eficiente para combater o ácaro branco em pimenta”, revela a pesquisadora.
O estudo que avalia a utilização de ácaro predador para controle biológico do ácaro branco foi apresentado como tese de mestrado no último dia 24 de fevereiro. Além da coordenadora, Madelaine Venzon, também participou da banca de defesa a pesquisadora da EPAMIG/Embrapa, Cleide Maria Ferreira Pinto, que desenvolve trabalhos com a cultura da pimenta na Zona da Mata.
Fonte: ASCOM EPAMIG -
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