Secretário da Agricultura de SC recebe demandas da Cooperalfa
Representantes de entidades relacionadas à produção de tabaco, lideranças políticas e empresariais se reúnem na sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) nesta quarta-feira, 30 de março, para acompanhar a entrega de quase 200 mil contribuições nas consultas públicas n.º 112 e 117. Outros 51 mil foram enviados via Correios.
No formato de formulários, as consultas foram disponibilizadas apenas na Internet (www.anvisa.gov.br), o que gerou dificuldade aos produtores de tabaco para participar. Uma força-tarefa reuniu entidades da cadeia produtiva do tabaco para que todos os interessados neste processo fossem ouvidos, o que resultou em mais de 200 mil formulários impressos e preenchidos. Participaram da ação, ao lado de produtores de tabaco e trabalhadores das indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, as seguintes entidades do setor: Afubra, as Federações dos Trabalhadores Rurais e de Agricultura (FETAG-RS, FETAESC, FETAEP, FARSUL, FAESC, FAEP), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul (STIFA), SindiTabaco e lideranças políticas.
Os formulários chegam ao escritório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em Brasília, nesta quarta-feira, às 13h30min. Uma comitiva deverá acompanhar o recebimento do material, no mesmo dia em que Antônio Palocci, Ministro Chefe da Casa Civil, receberá entidades e parlamentares em audiência para tratar sobre as propostas da ANVISA que tem preocupado o setor. A audiência, que estava sendo buscada há mais de um mês, foi marcada às 17 horas.
“Estamos otimistas com esta nova audiência e esperamos que a Casa Civil compreenda o tamanho do problema que está sendo criado à mais de 700 municípios produtores e os impactos negativos para toda a cadeia produtiva. Buscamos apenas pelo equilíbrio e o bom-senso nesta questão”, afirma o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, que participará da audiência assim como representantes da Afubra, Abifumo, CNA, Contag, Fetag, Farsul, Faep, Faesc, Fetapar Fetaesc. Na data, Palocci deverá conhecer os prejuízos que as propostas poderão acarretar, tais como:
_ Diminuição dos postos de trabalho que atualmente chegam a 2,5 milhões;
_ Redução de divisas na exportação;
_ Perda de renda no campo para mais de 222 mil pequenos produtores de tabaco (foram R$ 4,6 bilhões em 2010), afetando mais de 1,048 milhão de pessoas no meio rural do Brasil;
_ Redução na arrecadação atual de R$ 8,5 bilhões em impostos;
_ Impacto direto na margem de lucro e geração de empregos nos mais de 400 mil varejistas;
_ Impacto econômico para os fornecedores diretos da indústria.
Eliana Stülp
Andreoli MSL Brasil
(51) 3713-1777
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