Norte de SC apresenta pauta de reivindicações ao Secretário da Agricultura
Terminou nesta quarta-feira (30) a 1ª Oficina de Ecologia da Restauração de Áreas Degradadas do Oeste da Bahia, que reuniu cerca de 50 profissionais no campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Barreiras (BA), para debater práticas de restauração florestal que vêm sendo adotadas na região, além de iniciativas de sucesso já desenvolvidas em outros Estados nos biomas do Cerrado e da Amazônia.
O evento, que aconteceu nos dias 29 e 30 de março, contou com a presença de profissionais do Instituto Florestal de São Paulo e do Instituto Socioambiental (ISA), entre outros. Ontem, no primeiro dia, foram apresentadas iniciativas de sucesso já desenvolvidas em outros Estados, como nas cidades de Canarana e Querência (MT), para recuperação de áreas consideradas prioritárias, como margens de nascentes e rios, veredas e encostas de serras e morros, classificadas pelo Código Florestal como Áreas de Preservação Permanente (APP).
A gerente do programa Cerrado-Pantanal da Conservação Internacional (CI-Brasil), Gina Cardinot, avalia que o evento foi uma oportunidade para a troca de conhecimento e experiências importantes geradas no oeste baiano. “Existem muitos projetos de restauração florestal que podem ser potencializados com o intercâmbio entre as várias organizações que atuam na região, e esse encontro técnico pode contribuir para a ampliação dessas práticas e a criação de novas parcerias”.
Também foram apresentados no primeiro dia do evento o Programa Produzir e Conservar, uma parceria entre a CI-Brasil e a Monsanto que promove a adequação de propriedades rurais à legislação ambiental, e o projeto de educação ambiental e viveiro de mudas do Parque Fioravanti Galvani, na cidade de Luis Eduardo Magalhães (BA). Este último tem capacidade para produzir até 60 mil mudas de plantas típicas do Cerrado brasileiro, distribuídas para propriedades rurais da região. “A interação entre os profissionais dos diversos institutos, da academia, da CI e da Monsanto fortalecem a compreensão do nosso projeto e a implementação do nosso compromisso global, que é desenvolver tecnologias que possam produzir mais, conservando recursos naturais e melhorando a qualidade de vida de quem produz e consome o que vem da terra”, afirma Gabriela Burian, gerente de Sustentabilidade da Monsanto.
O dia terminou com a discussão dos projetos do Centro de Recuperação de Áreas Degradadas da UFBA, das iniciativas da prefeitura de Luis Eduardo Magalhães (BA) e da Associação dos Irrigantes e Agricultores da Bahia (Aiba), e com a apresentação do projeto do ISA na Bacia do Xingu, que envolve plantio mecanizado de mudas e já foi implantado em 2,4 mil hectares de nascentes e beiras de rios, em mais de 215 propriedades, no Mato Grosso. Segundo Rodrigo Junqueira, do ISA, “o principal ponto para um projeto de recuperação de áreas degradadas ter sucesso é a mobilização de diversos perfis de produtores, pequenos, médios e grandes, e inseridos em associações de produtores rurais”.
Nesta quarta-feira (30) aconteceu um dia de campo, com visitas a duas fazendas. Na primeira, foi feito o replantio de 15 hectares degradados com 5 mil mudas nativas do Cerrado. Na outra fazenda houve um processo de regeneração natural de 150 hectares. A visita foi conduzida pela pesquisadora do Instituto Florestal de São Paulo, Giselda Durigan, considerada uma referência na pesquisa de restauração florestal no Brasil.
O evento foi promovido pela Conservação Internacional e o Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal da Bahia (ICADS/UFBA), com o apoio da Monsanto.
Filipe Xavier
CDI – Comunicação Corporativa
(11) 3817-7927
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