​Empresa norte-americana de defensivos chega ao Brasil com investimentos de US$ 300 milhões

Albaugh Brasil tem expectativa de quintuplicar seu faturamento em cinco anos

12.08.2016 | 20:59 (UTC -3)
Flávia Romanelli

De olho no crescente mercado agrícola brasileiro, a Albaugh amplia sua participação mundial e lança em agosto a Albaugh Brasil. Com investimentos iniciais de US$ 300 milhões, a empresa de origem norte-americana quer se firmar no País ampliando sua capacidade fabril e de distribuição. Assim, pretende quintuplicar seu faturamento nos próximos cinco anos, chegando a US$ 500 milhões em 2021.

Segundo o presidente da Albaugh Brasil, Renato Seraphim, os investimentos vão ocorrer neste e nos próximos três anos, tanto em infraestrutura quanto em pessoal. “Estamos comprando novos equipamentos de laboratório e fabricação, além de ampliar a capacitação dos funcionários, que são nosso principal foco, e promover equiparação salarial.”

Ao mesmo tempo, novos colaboradores estão sendo contratados e o sistema de gestão da empresa está passando por ajustes para comportar o objetivo de quintuplicar o faturamento anual no País, que hoje é de cerca de US$ 100 milhões, em cinco anos.

Assim, serão gerados pouco mais de 100 empregos diretos e indiretos, inclusive com reforço na equipe de vendas, que está espalhada pelo Brasil. Foram contratados profissionais com larga experiência no setor de agroquímicos, que já estão à frente da companhia. Hoje, a empresa conta com cerca de 120 colaboradores.

No Brasil, a Albaugh está presente desde 2005, por meio de sua subsidiária Atanor no Brasil. Recentemente, com a aquisição da Consagro, a empresa passou a se chamar Albaugh Brasil, em sincronia com o lançamento da marca no mundo todo.

Seraphim explica que a Albaugh escolheu se expandir no Brasil, pois trata-se do maior mercado de insumos agropecuários do mundo. “O agronegócio movimenta cerca de um quarto do PIB brasileiro e a produção e a produtividade, principalmente das commodities agrícolas, não param de crescer. Para manter esses números em alta, o mercado de defensivos é de extrema importância e por isso vemos no País uma grande oportunidade. Além disso, queremos ajudar a promover maior rentabilidade ao agricultor brasileiro.”

A Albaugh vai oferecer produtos pós-patente com preço atrativo. “Nosso objetivo é ser a melhor alternativa de custo x benefício para o produtor. Também queremos investir em serviços agregados a nossos produtos, que visam reduzir os custos de produção dos agricultores, e assim elevar nossa competitividade”, fala o presidente.

Albaugh

A Albaugh é uma empresa norte-americana, fundada em 1979 por Dennis Albaugh, que produz defensivos agrícolas pós-patente e tratamento de sementes. Nos últimos anos, a empresa teve uma expansão considerável no mundo e hoje tem operações no Brasil, Argentina, México, Canadá, China e Europa, além dos EUA.

Atualmente, ocupa o 13º lugar em faturamento no mundo entre as empresas de agroquímicos.

A Albaugh Brasil possui uma fábrica em Resende (RJ), além do escritório central em São Paulo (SP) e das filiais em Porto Alegre (RS) e Campinas (SP).

A unidade de Resende tem capacidade para produzir 10 mil t/ano de fungicidas cúpricos e conta com produção de herbicidas de última geração, totalmente automatizada, com capacidade de 54 milhões de litros/ano de herbicidas seletivos e não seletivos. Seraphim destaca que os fungicidas são produzidos a partir da reciclagem de sucata de cobre e que podem ser utilizados inclusive na agricultura orgânica.

A planta tem 16 mil m² e está recebendo investimentos para elevar sua capacidade produtiva.

Portfólio

Com o lançamento da Albaugh Brasil, a empresa passa a comercializar no País cerca de 20 produtos entre fungicidas/bactericidas, inseticidas, acaricidas, herbicidas e reguladores de crescimento. Muitos deles são fabricados em Resende e outros vêm das fábricas do grupo localizadas na Argentina. Todos os defensivos passam por criteriosos padrões de qualidade.

Além disso, são avaliados por professores de renomadas universidades como a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) para determinar as melhores formas de aplicação e interação com outros agroquímicos. Toda essa experiência é repassada aos representantes técnicos de vendas, para melhor orientar seus clientes.


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