Embrapa realiza oficina para construção de cenários futuros para a cana-de-açúcar na Região Nordeste

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), em parceria com o setor sucroenergético nordestino realizaram, em Maceió, em 11 de fevereiro, oficina para a construção de cenários futuros para a cana-de-açúcar para a região.

 

Conforme a pesquisadora Nilza Patrícia Ramos, da Embrapa Meio Ambiente, articula-se, desde 2005, uma rede de pesquisadores para trabalhar com a cadeia produtiva da cana-de-açúcar na região Norte-Nordeste, buscando o desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis nas áreas tradicionais de cultivo e de expansão. Esta rede, composta atualmente por mais de 20 pesquisadores, foi encarregada de estudar os principais gargalos do setor e propor técnicas eficazes para se atingir a sustentabilidade.

 

Neste sentido, estão em desenvolvimento várias atividades que envolvem desde a introdução de genes em variedades de cana-de-açúcar, visando obter materiais tolerantes broca gigante (Telchin licus) e ao estresse hídrico, passando pela validação do potencial de uso da fixação biológica de nitrogênio como alternativa nutricional para a cultura, além de estudos de zoneamento, riscos climáticos e desenvolvimento de sistemas de produção, com ênfase na adubação, na irrigação no controle de pragas, em sistemas de despalha com e sem fogo.

 

“Não poderia ficar de fora de um projeto dessa magnitude: a avaliação de impactos socioeconômicos e ambientais envolvidos na atividade sucroenergética, que conta com uma análise diagnóstica da situação atual e com a prospecção futura, por meio da construção de cenários, que poderá ainda subsidiar políticas públicas voltadas para a produção ordenada e sustentável da cultura explica a pesquisadora.

 

“Os resultados obtidos são promissores e podem contribuir de forma positiva para o desenvolvimento sustentável, principalmente, nas áreas tradicionais de cana-de-açúcar no NE, inclusive com potencial de redução de impactos ambientais em função do melhor aproveitamento de resíduos e do uso de insumos químicos.

 

Para validar estes resultados e auxiliar na atividade de construção de cenários, a Embrapa acredita ser fundamental a participação de especialistas na atividade sucroenergética da região em estudo, fato este que culminou na realização do encontro, com profissionais selecionados.

 

Cristina Tordin

Embrapa Meio Ambiente

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