Embrapa presente na Bahia Farm Show

01.06.2011 | 20:59 (UTC -3)
Eduardo Pinho Rodrigues

Este ano, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), participa da Bahia Farm Show para mostrar tecnologias adaptadas à região. A feira prossegue até o próximo sábado (4), em Luís Eduardo Magalhães (BA), com cerca de 170 expositores e 400 marcas representadas.

No evento, representando a Embrapa, estão presentes o pesquisador da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, coordenador do programa de melhoramento de soja da Unidade, e o supervisor da Área de Comunicação e Negócios da Embrapa Cerrados, Sérgio Abud. Os dois especialistas estão atendendo os visitantes no estande da Fundação Bahia, montado em parceria com a Associação dos Irrigantes da Bahia (AIBA), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA) e Fundação para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro).

Quem visitar o evento terá a oportunidade de conhecer, por exemplo, três cultivares de soja desenvolvidas pela Empresa em parceria com a Fundação Bahia. As cultivares BRS 313 “Tieta”, BRS 314 “Gabriela” e BRS 315RR “Lívia” receberam os nomes de três heroínas criadas por um dos maiores expoentes da literatura brasileira, o baiano Jorge Amado.

A BRS 313 “Tieta” e a BRS 314 “Gabriela” são cultivares convencionais que apresentam boa produtividade na região. Com resistência moderada aos nematoides de galha, a BRS 313 “Tieta” pode ser usada com uma densidade de semeadura de 260 mil a 320 mil plantas por hectare. É uma cultivar precoce, de 113 a 115 dias, com tipo de crescimento indeterminado. A BRS 314 “Gabriela” não apresenta resistência específica, mas tem uma sanidade geral muito boa. É do grupo de maturação tardio, variando de 125 a 133 dias, e apresenta crescimento determinado.

Já a BRS 315 “Lívia” RR é uma cultivar transgênica resistente ao glifosato. Apresenta maturação média, variando de 118 a 124 dias, e deve ser plantada com uma densidade de semeadura de 240 mil a 300 mil plantas por hectare. Tem altura média de 75 centímetros e crescimento determinado.

Outra tecnologia que os visitantes da Bahia Farm Show poderão conhecer é a Brachiaria brizantha BRS Piatã, ou Capim Piatã, que também pode ser cultivada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Amazônica. Recomendado para a diversificação de cultivares na propriedade, o Capim Piatã tem florescimento intenso e relativamente precoce, com caules finos e folhas estreitas sem pêlos.

A cultivar adapta-se a solos de média a alta fertilidade e possui tolerância às cigarrinhas típicas de pastagens (exceto Mahanarva graúdas, avermelhadas e/ou pretas). O Capim Piatã, desenvolvido em parceria com a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais (Unipasto), também tem sido utilizado na integração lavoura-pecuária em plantio simultâneo com milho, sorgo ou milheto, por não competir tão fortemente com a cultura de grãos e não formar grandes touceiras.

Já os cafeicultores da região terão a oportunidade de saber um pouco mais sobre os aprimoramentos do sistema produtivo do café desenvolvidos pela Embrapa. Os pesquisadores da Empresa têm buscado soluções para aumentar a produtividade e a qualidade do produto, sempre levando em consideração a necessidade de reduzir o consumo de recursos naturais, principalmente da água.

Um desses projetos é sobre o manejo da irrigação do cafeeiro com uso estresse hídrico para uniformização da florada, equilíbrio nutricional do cafeeiro, espaçamento e população de plantas, manejo e estratégia de irrigação após o período de estresse hídrico.

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