Artigo: Perdas pós-colheita devem ser consideradas
Nesta sexta-feira (29), será marcada por um importante acontecimento para a mandiocultura baiana: a inauguração da Bahiamido, no município de Laje, às margens da rodovia BR-101. O complexo industrial, com capacidade de processar 200 toneladas por dia de raiz da mandioca, representa o setor secundário na Aliança Cooperativa do Amido, que congrega ainda a Cooperativa dos Produtores de Amido de Mandioca do Estado da Bahia – Coopamido (setor primário) e parceiros e clientes (setor terciário).
O projeto conta com o apoio da Fundação Odebrecht, que dá suporte a outras quatro alianças nesse modelo, cujo objetivo é a inclusão social e melhoria da qualidade de vida das “unidades-família” integrantes das cooperativas. A Embrapa Mandioca e Fruticultura (Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) é parceira do projeto em ações de cooperação técnica.
O evento
Pela manhã, o chefe geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Domingo Haroldo Reinhardt, assina o documento oficial do convênio entre as instituições. A parceria começou em 2009, quando a Unidade prestou um serviço de levantamento do sistema de produção da mandioca na região. “Fizemos o diagnóstico da cultura e do perfil dos produtores e a análise das condições ambientais, do clima e do solo em cerca de 15 municípios. Com base nesse levantamento, realizado durante três meses, foi definida a região para instalação da indústria”, recorda Reinhardt.
Para Anselmo Selhorst, líder da Coopamido, a parceria com uma instituição de pesquisa como a Embrapa é muito importante. “Uma parceria institucional nos permite chegar para a sociedade e para os clientes e falar ‘nós temos esse produto que foi desenvolvido junto com a Embrapa’. E a Embrapa também pode chegar para a sociedade, para os clientes, para o governo, e falar ‘é devido ao trabalho feito em parceria com a Aliança do Amido que melhoramos a vida de tantas mil famílias, a renda de tal região aumentou etc.”, declara.
Das 13h às 17h, na área experimental, os pesquisadores Vanderlei Santos e Rudiney Ringerberg participam da Tarde de Campo, em que apresentam informações sobre variedades de mandioca para indústria indicadas para a região e sobre o controle biológico do mandarová, inseto que pode causar severo desfolhamento e redução na produção.
O estande da Embrapa vai expor publicações e folderes sobre a cultura e curiosidades como a mandioca in vitro – produzida em meios de cultura adequados e sob condições ambientais controladas – e as mandiocas amarelas, que contêm maiores teores de betacaroteno, pigmento precursor de vitamina A, que desempenha papel essencial na visão e no combate à desnutrição.
Alessandra Vale
Léa Cunha
Embrapa Mandioca e Fruticultura
(75) 3312-8076
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