Embrapa Meio Ambiente recebe 85 estudantes e fala sobre sustentabilidade e arborização urbana

15.05.2012 | 20:59 (UTC -3)
Cristina Tordin

Estiveram na Embrapa Meio Ambiente, em 10 de maio, 85 estudantes do 2º ano do ensino médio do Centro Paula Souza, de Hortolândia/SP, pelo Programa Embrapa & Escola 2012.

Na primeira palestra, Laerte Scavanaca Jr. falou sobre a importância da arborização urbana, seus aspectos sociais, econômicos e ambientais. Foram mostrados os aspectos de saúde, com exemplos nacionais e internacionais.

Conforme o engenheiro florestal, em São Paulo são gastos anualmente 24 milhões de reais pelo Sistema Único de Saúde - SUS com doenças respiratórias. Um árvore tem capacidade de absorver até 1,4kg de poluentes (óxido de mercúrio, óxido de chumbo, óxido e monóxido de carbono, entre outros), evitando uma séria de doenças físicas e psicológicas. Estudos em Nova York mostram que uma arborização bem feita economiza 8,3 milhões de dólares com saúde. Como as árvores absorvem ruídos, a qualidade do sono e do poder de concentração para desenvolvimento de trabalhos manuais ou intelectuais também melhoram e consequentemente, a qualidade de vida.

“Uma arborização bem feita também está relacionada com maior expectativa de vida, menor pressão arterial, menores índices de diabetes e colesterol, além de menor estresse e irritabilidade. Estudos americanos, canadenses, japonenses e australianos também relacionam arborização ou visita à parques públicos com doenças sociais, isto é, menor taxa de suicídio, homicídios e até de estupros.

Na segunda palestra, a pesquisadora Maria Lucia Zuccari falou sobre tecnologias socioambientais e o desenvolvimento sustentável na agricultura.

Como observa Maria Lúcia, no contexto histórico e da operacionalização do conceito de desenvolvimento sustentável foi apresentado o panorama geral das bases sociais e econômicas sobre as quais se apoiam o agronegócio e agricultura familiar, caracterizando esta última em relação às suas produções e participação na sociedade brasileira.

No contexto da agricultura familiar foram caracterizadas a agroecologia e agricultura de base ecológica como tecnologias socioambientais destacando as ações de manejo e critérios utilizados na atividade agropecuária que se alinham com as dimensões social, econômica, ecológica, espacial (voltado para uma configuração rural-urbana equilibrada) e cultural (respeito às especificidades culturais) decorrentes do conceito de desenvolvimento sustentável.

A Indicação Geográfica de produtos agropecuários relativamente recentes no Brasil também foram apresentadas no contexto da agricultura familiar como promotora do desenvolvimento sustentável por suas características de identidade coletiva territorial onde os critérios de equidade social e prudência ecológica em arranjos bem construídos terão o potencial de elevar a eficiência econômica.

Ao final, os alunos visitaram o Laboratório de Ecossistemas Aquáticos. Foram recebidos por Ana Lúcia Marigo, Marisa Carvalho e Gino Zambon, que falaram sobre as pesquisas do laboratório, inclusive com demonstrações práticas.

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