Basf leva soluções e tecnologias para os produtores de Ponta Grossa/PR
A Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos/SP) acaba de lançar uma nova variedade de feijão guandu, denominada “BRS mandarim”, dirigida principalmente a pecuaristas e a produtores de cana. O guandu mandarim apresenta alta produtividade de forragem (parte verde da planta), que é 10% superior à variedade de guandu mais usada no Brasil, portanto indicado para a alimentação de bovinos, informa a Embrapa.
Outra característica é a uniformidade de sementes, dando assim plantas iguais e uniformes, o que não ocorre com as outras variedades, que apresentam muita mistura. A nova variedade tem ainda, de acordo com os pesquisadores, boa persistência, o que permite uma vida útil de quatro anos, quando bem manejada, ao passo que a produção das variedades já existentes chega apenas ao segundo ano.
Além disso, é moderadamente resistente à macrophomina, fungo que ataca as raízes e mata a planta, problema comum nas outras variedades. Em experimentos realizados com novilhas leiteiras, o uso do guandu mandarim levou a uma redução de 21% no custo de alimentação. Também se verificou uma redução de 8% no custo por kg de ganho de peso nessas novilhas, devido à redução de concentrado (soja, milho, rações) e fornecimento de aproximadamente 20% da ingestão total de matéria seca na forma de guandu picado.
A nova variedade é também indicada para os produtores de cana, para uso na rotação de parte do canavial a cada cinco anos, descompactando o solo e nele fixando nitrogênio.
Os trabalhos foram desenvolvidos em parceria com a Unipasto – Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais e Embrapa Transferência de Tecnologia (sede e Escritório de Negócios de Campinas, SP).
O nome “mandarim” foi dado devido à origem asiática do guandu, pois a China, além de ser seu provável berço, é também um país muito próximo ao Brasil e que mantem grande intercâmbio com a Embrapa.
As diversas variedades de guandu fixam nitrogênio no solo a partir da atmosfera, tem alto teor de proteínas – cerca de 20% - , boa resistência à seca (possui raízes profundas que conseguem buscar água nas camadas mais profundas do solo), além de boa digestibilidade nos bovinos, o que leva a maior ganho de peso. A leguminosa é rústica, o que facilita sua implantação e manejo, inclusive en solos de baixa fertilidade. Mas não tolera encharcamento e necessita de alta luminosidade durante a formação
das vagens.
Jorge Reti
Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos/SP)
16 3411-5600 /
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