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Abordar os desafios e apresentar as soluções tecnológicas para as culturas do trigo, triticale e milho foi o que permeou as discussões no Dia de Campo de Inverno, promovido pela Embrapa Soja, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa, na sexta-feira, dia 2 de agosto, na Vitrine de Tecnologias da Embrapa, em Londrina (PR). Durante o evento, a Embrapa e a Fundação Meridional lançaram a cultivar de trigo BRS Atobá e a cultivar de triticale BRS Surubim.
A programação contou com estações técnicas abordando temas relacionados à cultura do trigo e do milho como: cultivares de trigo e de triticale, ajuste fitotécnico das cultivares de trigo da Embrapa e a importância do trigo na diversificação do sistema de produção. Com relação à cultura do milho, o enfoque foi sobre diagnóstico, danos e manejo do enfezamento em milho e controle de lagarta e percevejo em milho. “Nosso objetivo é demostrar a produtores e técnicos, as novidades da pesquisa, os lançamentos de cultivares e as tecnologias referentes a manejo de solo, pragas e doenças”, destaca o pesquisador André Prando, da Embrapa Soja. “É importante termos oportunidades como esta para repassar as informações e trocarmos experiências em busca de melhorias no sistema produtivo e na sustentabilidade da produção agrícola”, reforçou o pesquisador.
A BRS Atobá é uma cultivar de trigo melhorador de ciclo precoce com ampla adaptabilidade e estabilidade de rendimento de grãos no Paraná (regiões 1, 2 e 3) Santa Catarina (regiões 1 e 2), São Paulo (região 2) e em Mato e em Mato Grosso do Sul (região 3). De acordo com o pesquisador Manoel Bassoi, da Embrapa Soja, a cultivar apresenta porte baixo e boa tolerância ao acamamento e à germinação pré-colheita.
Além disso, a cultivar de ciclo precoce apresenta sanidade, tendo como diferencial a resistência ao oídio e moderadamente resistente à giberela, manchas foliares e ferrugem da folha. A cultivar é apenas suscetível à brusone. “Por sua grande força de glúten, sua principal aplicação é na fabricação de pão industrial, mistura com farinhas fracas e produção de massas”, diz Bassoi.
A BRS Surubim é uma cultivar de triticale produtiva, de ciclo médio, grande estabilidade e comportamento agronômico, pois incorpora características como rusticidade e resistência ao acamamento. A cultivar também apresenta ampla adaptação, sendo indicada para o Paraná (regiões 1, 2 e 3), São Paulo (região 2) e Santa Catarina (região 1 e 2). Com relação à sanidade, a cultivar apresenta resistência ao oídio e à ferrugem da folha, além de boa tolerância ao crestamento. É suscetível à brusone e à giberela. “Sua principal aplicação é a mistura na farinha de trigo para diversos usos e também na alimentação animal, afirma Bassoi.
A Fundação Meridional é parceira da Embrapa no desenvolvimento de pesquisas para o desenvolvimento de novas cultivares, assim como na transferência das tecnologias. “A parceria é de mão dupla e precisa ser fortalecida para continuarmos alcançando resultados positivos”, destacou o presidente Josef Pfann, da Fundação. Além da Embrapa, a Meridional é parceira do Iapar na geração de novas tecnologias. O pesquisador Carlos Riede destacou que o Iapar apresentou, durante o dia de campo, as cultivares de triticale e de trigo para o Paraná, com destaque para o IPR Potiporã, trigo pão de alta produtividade e ampla adaptação. “Temos que incentivar a ampliação de área de trigo pela contribuição que a cultura traz ao sistema produtivo. O trigo beneficia a rotação de culturas; auxilia na produção de palhada e consequentemente na conservação do solo, assim como no controle de plantas daninhas”, destacou.
Para o técnico Taurino Alexandrino Loiola que presta assistência técnica para produtores de aproximadamente 30 mil hectares na região de Wenceslau Braz é sempre vantajoso participar do dia de campo. “Faça questão de participar de um evento como este, porque sempre agregamos mais conhecimento para auxiliar os produtores nas tomadas de decisão”, disse.
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