Embrapa homenageada na Assembleia Legislativa gaúcha

Por suas quatro décadas de atividade, completas dia 26 de abril, a Embrapa foi homenageada, na noite de segunda-feira (27), pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O ato, no Salão Júlio de Castilhos do Palácio Farroupilha, sede do parlamento gaúcho, na capital Porto Alegre, reuniu cerca de 80 pessoas, entre deputados, diretores e empregados da Embrapa e representantes de instituições vinculadas à produção agropecuária, entre outros. O Governo do Estado foi representado pelo vice-governador, Beto Grill (PSB).

O evento foi aberto já com a entrega da Medalha da 53ª Legislatura, efetuada pelo presidente da Assembleia, Pedro Westphalen (PP), e por Grill, ao diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Junior, representado a diretoria nacional da Empresa. Na sequência, receberam a comenda os chefes-gerais das quatro unidades da Embrapa no Rio Grande do Sul – Lucas Garrido, da Uva e Vinho, Osvaldo Vasconcellos Vieira (chefe em exercício), da Trigo, Clenio Pillon, da Clima Temperado, e Alexandre Costa Varella, da Pecuária Sul, na ordem. A entrega foi efetuada, respectivamente, pelos deputados Westphalen, Dr. Basegio (PDT), Heitor Schuch (PSB) e, novamente, por Westphalen.

“Sou filho de agricultores, e sei da importância que a Embrapa tem para o produtor rural”, disse, na abertura dos pronunciamentos, um dos proponentes da homenagem, deputado Basegio.

O diretor-executivo de Transferência de Tecnologia da Empresa, Waldyr Stumpf Junior, destacou o fato de a Embrapa “atuar em um eixo de 4,5 mil quilômetros de extensão, tanto nos sentidos Norte-Sul como Leste-Oeste”. “É a única instituição de pesquisa agropecuária no mundo que trabalha com essas dimensões”, enfatizou. Aludindo ao fato de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ser oriundo das cadeias produtivas de alimentos, lembrou que quando a Embrapa foi criada, em 1973, o país “era um importador de alimentos, uma nação sem segurança alimentar”. Stumpf aludiu, ainda, à importância das parcerias na efetivação do trabalho da Empresa.

“A Embrapa tem prestado serviços inestimáveis ao nosso Rio Grande”, ressaltou o vice-governador, Beto Grill. “É um orgulho para nós reconhecermos que uma empresa pública, quando bem-administrada, dá resultados excelentes”, acrescentou, em relação ao bom conceito de que a Empresa usufrui junto à sociedade.

O presidente da Assembleia, Pedro Westphalen, observou que a estruturação de uma instituição como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária passa, também, pelos legislativos. “Se hoje a Embrapa está como está, isso se deve a decisões políticas apoiando a pesquisa agropecuária”, afirmou ele. O desenvolvimento de novas cultivares foi saudado pelo parlamentar como uma das ações da Empresa responsáveis “pela posição de destaque internacional no agronegócio” ocupada pelo Brasil.

Aos discursos, seguiu-se coquetel oferecido pela Embrapa, com produtos resultantes de projetos de pesquisa das unidades da região Sul.

O evento na Assembleia foi prestigiado pelo defensor público Rodolfo Malhão, pelo presidente da Ceasa/RS, Paulino Donatti, pelo diretor-científico da Fapergs, José Reichert, e pelo diretor-presidente da Fepagro, Danilo Rheinheimer dos Santos, entre outras lideranças. Também participaram representantes das outras três unidades da Embrapa no Sul do país: pela Florestas (PR), seu chefe-geral, Osmir Lavoranti, pela Soja (PR), o chefe-geral, Alexandre Cattelan, e pela Suínos e Aves (SC), o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, Luizinho Caron. A homenagem foi proposta pelos deputados Dr. Basegio (PDT), Adão Villaverde (PT), Catarina Paladini (PSB) e Frederico Antunes (PP).

– O Rio Grande do Sul ocupa destacada posição na história da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Foi no Estado onde, em 1974, foi instalada a primeira unidade descentralizada (UD) da Empresa, a Embrapa Trigo, em Passo Fundo. O RS é também o detentor do maior número de UDs da Embrapa na região Sul do país – quatro. Afora isso, um gaúcho é que estava à frente do processo que culminou na criação da Empresa: Luiz Fernando Cirne Lima, ministro da Agricultura de 30 de outubro de 1969 a 09 de maio de 1973. No Estado, a Embrapa tem 895 empregados, dentre os quais 212 pesquisadores.