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De 1º a 3 de agosto, a Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vai estar presente no estande corporativo da 11ª Feira da Agricultura Familiar e do Trabalho Rural (Agrifam), em Lençóis Paulista, SP.
Para o chefe-geral Domingo Haroldo Reinhardt, participar do evento é uma consequência natural do trabalho da Unidade. “Nossa missão é focada em produtos de grande importância socioeconômica para a agricultura familiar. Entre eles há alimentos básicos como a mandioca e a banana, bem como fruteiras diversas, a exemplo do abacaxi, que podem dar retorno econômico expressivo, mesmo quando cultivadas em pequenas áreas, o que permite dar uma atenção especial ao pomar e à obtenção de frutas de qualidade superior, destinadas a mercados mais remuneradores”, explica Haroldo. Para aumentar a renda familiar, superando as restrições do tamanho da área de cultivo, ele indica a agregação de valor à produção. “No caso da mandioca, pode-se focar na mandioca de mesa e, mais ainda, na mandioca de mesa biofortificada, bem como na oferta de produtos processados especiais, a exemplo de beijus coloridos", salienta. Confira as tecnologias da Embrapa Mandioca e Fruticultura expostas na Agrifam:
Produtos processados de mandioca – Os derivados da mandioca, como tapiocas (beijus), bolachinhas de goma, mingaus, tortas e pães tornaram-se uma excelente opção de agregação de valor para o agricultor familiar, melhorando sua renda e, consequentemente, sua qualidade de vida. Em diversas partes do país, estão sendo usados na merenda escolar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, contribuindo para a sustentabilidade no meio rural.
Em média, o agricultor vende o quilo da raiz por R$ 0,20. Ao produzir beijus, por exemplo, o preço do quilo varia de R$ 6,00 a R$ 15,00, ou seja, há um incremento de, no mínimo, 600%. Vale salientar que um quilo de raiz resulta em 200 gramas de polvilho úmido, que é a matéria-prima para o beiju e, portanto, com um quilo de raiz, é possível produzir 5 quilos de beiju a R$1,00.
Beijus coloridos – São produzidos a partir da fécula (goma ou polvilho) da mandioca. O procedimento é simples: em vez de receber água para estar no ponto de fazer a tapioca, a fécula (goma) é hidratada com o suco ou a polpa das frutas e hortaliças. As possibilidades são infinitas. Abacaxi, manga, maracujá, goiaba e cebola são os sabores mais populares para os beijus crocantes, mas beterraba, espinafre, couve e cenoura são outras boas opções. Feitos no fogão, na hora de servir, aos beijus “moles” ainda podem ser adicionados leite condensado, melado de cana, mel, doces e geleias.
Abacaxi ‘BRS Ajubá’– Híbrido obtido do cruzamento das variedades ‘Perolera’ e ‘Smooth Cayenne’, é resistente à fusariose, a principal doença da cultura do abacaxi. Sua planta tem porte médio e produz frutos com polpa amarela, elevado teor de açúcares e excelente sabor. É recomendada para consumo in natura e para a indústria. A ausência de espinhos nas folhas facilita o manejo na colheita e na pós-colheita. Pelo fato de ser resistente e não demandar o uso de agrotóxico, a variedade tem grande possibilidade de se inserir na produção agroecológica e na agricultura familiar.
Variedades biofortificadas de mandioca de mesa – As variedades ‘BRS Dourada’, ‘BRS Jari’ e ‘BRS Gema de Ovo’ têm qualidade para consumo fresco e altos teores de betacaroteno (precursor de vitamina A) e podem minimizar a carência desta vitamina. A ideia é que o agricultor produza raízes mais nutritivas, inclusive para consumo próprio.
Novas opções de porta-enxerto – Os citrandarins ‘Riverside’, ‘Indio’ e ‘San Diego’ foram recomendados pelo programa de melhoramento de citros da Embrapa depois de mais de 30 anos de avaliação. Sob diferentes copas de laranjeiras, tangerineiras e limeiras ácidas, evidenciaram capacidade competitiva em relação aos porta-enxertos tradicionais e menor suscetibilidade ao declínio, à tristeza e ao nematoide dos citros. Apresentam, ainda, resistência à gomose (Phytophthora) e induzem a formação de plantas compactas e produtivas. Em São Paulo, têm se mostrado resistentes também à morte súbita dos citros.
Micropropagação de banana – A bananicultura é uma das atividades agrícolas de maior expressão econômica e social no meio rural em todos os estados brasileiros. A técnica de micropropagação (ou propagação vegetativa in vitro) é a indicada pela Embrapa pelo maior impacto na agricultura, pois permite a reprodução rápida de plantas com características superiores e condições genética e sanitária garantidas. Possibilita a formação de indivíduos geneticamente idênticos.
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