Embrapa entra na Operação Arco Verde com mais de cem ações

Uso de boas práticas agropecuárias, técnicas para prevenção e controle comunitário de fogo e sistemas agroecológicos são conhecimentos que a Embrapa colocará à disposição de agricultores de cidades alcançadas pela Operação Arco Verde.

O programa do Governo Federal tem como foco os 43 municípios da Amazônia Legal com maiores taxas de desmatamento e a Empresa vai ofertar soluções tecnológicas voltadas à produção sustentável na região. Treze ministérios integram o programa, que tem coordenação da Casa Civil.

A Agenda de Transferência de Tecnologia que a Embrapa mantém na região Norte já articulou a promoção de mais de cem ações. Além de cursos de capacitação, a Empresa vai instalar Unidades Demonstrativas de cultivos variados e Unidades de validação de tecnologias, informa o gerente geral José Roberto Rodrigues Peres, da Embrapa Transferência de Tecnologia.

Rede - A oferta de tecnologias segue a metodologia de ação em rede que vem sendo adotada pela Empresa no atendimento a outros programas de governo de grande abrangência territorial. A Diretoria Executiva da Empresa juntamente com a Embrapa Transferência de Tecnologia articulam a participação dos diversos centros de pesquisa da Empresa na Operação e destes com órgãos da extensão rural, outras instituições de pesquisa e produtores.

Segundo Peres, a participação das comunidades na identificação das necessidades e das soluções tecnológicas a serem ofertadas aos agricultores é o grande diferencial da metodologia adotada. Ela prevê ainda a articulação de órgãos da administração pública federal, estadual e municipal nas ações a serem desenvolvidas.

Grande parte dos municípios de Rondônia, em especial, apontou como necessária a obtenção de informações sobre técnicas de recuperação de pastagens degradadas, que terão atenção especial da Empresa. Segundo identificou o biólogo Marcio Armando, da Embrapa Transferência de Tecnologia, existe interesse dos agricultores por sistemas agroecológicos.

O II seminário sobre o tema foi realizado em Manaus e Porto Velho nos dias 14 e 15 , e terá continuidade nos dias 22 e 23 de abril em Cuiabá e Belém. "Nesta rodada estaremos dialogando mais de perto com os órgãos estaduais e municipais a respeito das ações a serem iniciadas nos municípios críticos e refinando as nossas ofertas tecnológicas em relação às demandas específicas de cada local", afirma.

Seminário discute Operação Arco Verde em 20 municípios de MT

A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) participa do II Seminário Estadual da Operação Arco Verde, nesta quarta-feira (22) e quinta-feira (23), no Centro de Convenções Cerrados, em Cuiabá. No evento, a Unidade apresenta propostas e estratégias de trabalho, em parceria com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), para os 20 municípios de Mato Grosso que se encontram em estágio crítico de desmatamento.

A Operação Arco Verde deverá ser lançada no início de junho e compreende ações em 43 municípios da Amazônia, relacionados entre os maiores desmatadores, responsáveis por 50% de toda a destruição da floresta amazônica. “As ações em MT serão desenvolvidas em conjunto com a Empaer e outras unidades da Embrapa”, diz o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Claudio Lazzarotto. A Unidade é responsável pela coordenação das atividades de Transferência de Tecnologia nos 20 municípios da Arco Verde em Mato Grosso.

Os órgãos que também estão envolvidos no seminário são: Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura e Pecuária, Conab, Governos de MT, prefeituras, Banco do Brasil e Banco da Amazônia.

Operação

A Operação Arco Verde é articulada pela Casa Civil da Presidência da República, com a participação de 13 ministérios, entre eles o do Meio Ambiente. A participação direta da Embrapa na operação está ligada às ações estruturantes que envolvem a oferta de tecnologias sustentáveis, em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Nos 43 municípios, a Arco Verde pretende oferecer alternativas sustentáveis aos gestores municipais para que consigam fazer a transição das atividades predatórias para a legalidade e sustentabilidade e, assim, deixarem de fazer parte da lista.

Valéria Costa e Kadijah Suleiman

Embrapa

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