Embrapa e Inra renovam parceria em cooperação internacional

O presidente da Embrapa Mauricio Lopes recebeu o presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (Inra), Phillipe Mauguin, para a renovação do Memorando de Entendimento firmado entre as duas instituições

14.05.2018 | 20:59 (UTC -3)
Kátia Marsicano ​​

Mais um passo importante para fortalecer o desenvolvimento da pesquisa agropecuária no cenário internacional. No dia 4 de maio, o presidente da Embrapa Mauricio Lopes recebeu o presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (Inra), Phillipe Mauguin, para a renovação do Memorando de Entendimento firmado entre as duas instituições, por um perído de mais cinco anos (até 2023). Pelo documento, Inra e Embrapa se comprometem com a ampliação de programas e intercâmbios, com o objetivo de ampliar a base de conhecimentos para o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento institucional, além da recepção e o intercâmbio de pesquisadores, a promoção de estágios, missões de estudo, cessão e troca de informações científicas, técnicas e de desenvolvimento institucional, intercâmbio de germoplasma vegetal e animal, de equipamentos e materiais científicos utilizados em experimentos.

Participaram da reunião o diretor de Relações Internacionais do Inra, Jean-François Sussana, os diretores de Pesquisa e Desenvolvimento, Celso Moretti, e de Inovação e Tecnologia, Cleber Soares, além de representantes das duas instituições.

Na oportunidade, também foi assinada uma carta de intenções entre as duas instituições para o desenvolvimento de parcerias na área de adaptação de árvores frutíferas às mudanças do clima, com foco no manejo do florescimento da macieira e outras espécies. Pelo acordo, a cooperação envolverá mais diretamente a Embrapa Uva e Vinho, com incentivo à promoção de contatos com especialistas e outras instituições, fortalecendo a parceria entre a comunidade científica dos dois países.

Durante a reunião, o presidente do INRA fez uma breve apresentação da instituição e suas principais metas, entre as quais o fortalecimento de estratégias de parceria internacional.

“As possibilidades de projetos de cooperação são fundamentais ao fortalecimento do conhecimento”, disse o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, destacando a importância da presença da instituição fora do Brasil, por meio do programa Labex, que este ano completa 20 anos de atuação no exterior, que já contou com a presença de 47 pesquisadores da Empresa em 15 organizações de pesquisa estrangeira, em oito países de três continentes. Na estrutura do Labex Europa, por exemplo, a coordenação está baseada na Agropolis Internacional, na cidade de Montpellier, França, mas mantém pesquisadores na Holanda, Reino Unido e Alemanha.

Pauta de discussões Ainda na reunião do dia 4 de maio, outros assuntos foram tratados, entre os quais a possibilidade de cooperação na área de alimentos e territorialidade, e a cooperação na área de balanço de carbono e nitrogênio. Foi discutida a possibilidade de associação do Plano ABC e a Rede ILPF com a Iniciativa francesa “4 por 1000”, em convergência com outras cooperações internacionais, como a Global Research Alliance on Agricultural Greenhouse Gases (GRA) e a Coordination of International Research Cooperation on soil Carbon Sequestration in Agriculture (Circasa).

Outro tema levantado foi a possibilidade de elaboração de editais conjuntos para auxílio à pesquisa com mobilidade de pesquisadores e analistas, a exemplo do que já está sendo feito entre a Embrapa e o Rothamsted Research, do Reino Unido,  e pelo INRA com o Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), da Austrália.

Ainda dentro da programação do dia 4 de maio, foi realizada uma visita à Embrapa Cerrados, onde a delegação do INRA foi recebida pelo chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Marcelo Ayres,  seguida de uma apresentação proferida pelo pesquisador Luiz Carlos Balbino.

Sobre o INRA – Criado em 1947, o Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (Inra) tem a missão de produzir e difundir conhecimento científico, contribuir com a inovação para a parceria e transferência de tecnologia, auxiliar na elaboração de políticas públicas, contribuir para o diálogo entre a ciência e a sociedade e elaborar a estratégia de pesquisa europeia e francesa. Possui 17 centros de pesquisa e 13 departamentos científicos. É o segundo maior instituto do mundo em publicações científicas em agronomia.

Para 2025, a instituição tem como estratégias globais contribuir para assegurar a segurança alimentar no contexto de mudanças globais, incentivar a multifuncionalidade e a diversidade dos agricultores franceses, a adaptação dos sistemas de produção agrícola, pecuários e florestais à variabilidade climática com foco no controle das emissões de gases do efeito estufa; o desenvolvimento de sistemas de produção saudáveis e o uso de recursos genéticos não só para a alimentação, como também para a energia e a química.


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