Embrapa Algodão recebe pesquisadoras visitantes do Peru

O treinamento faz parte da cooperação entre o Brasil e o Peru, no âmbito do projeto Fortalecimento do Setor Algodoeiro por meio da Cooperação Sul Sul

05.12.2019 | 20:59 (UTC -3)
Edna Santos​

Duas pesquisadoras do Instituto Nacional de Investigação Agrária – INIA (instituição equivalente à Embrapa no Peru) estão participando de treinamento na Embrapa Algodão, no período de 15 outubro a 15 dezembro. O treinamento faz parte da cooperação entre o Brasil e o Peru, no âmbito do projeto Fortalecimento do Setor Algodoeiro por meio da Cooperação Sul Sul, com apoio da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

As pesquisadoras Graziella Nuñes e Karina Sarango vieram em busca de informações sobre melhoramento genético do algodoeiro, transferência de tecnologia, gestão e conservação de solos e águas na região semiárida, Manejo Integrado de Pragas, agroecologia, inclusão social, agricultura familiar e segurança alimentar. Elas serão multiplicadoras dessas informações junto à equipe do INIA.

A programação da visita técnica inclui reuniões com as equipes da sede da Unidade, em Campina Grande; do Núcleo Regional do Cerrado, na Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás; e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, além de encontros com representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão e visitas a campo.  

“O objetivo da nossa visita é o intercâmbio de experiências, conhecer o trabalho que vocês fazem no cultivo do algodão em sistemas de agricultura familiar e inclusão social e sobretudo o trabalho nas zonas semiáridas que são similares às condições que temos nas áreas onde produzimos algodão no Peru”, conta agrônoma Karina Sarango, especialista em Transferência de Tecnologia no INIA.

Desde 2013, elas vêm realizando atividades de transferência de tecnologia para fortalecer a cultura do algodão no Peru, com apoio da experiência da Embrapa. “O cultivo do algodão no Peru nos últimos anos tem sido de recuperação. Então, para nós é uma experiência muito grande estar aqui e ver como pequenos produtores podem obter um bom preço pelo algodão colorido e orgânico. Isso nos motiva e nos gera muitas expectativas para implementar o nosso sistema para a produção do algodão”, conta.

O Peru já teve uma área plantada de até 60 mil hectares de algodão, mas fatores como preços baixos, ciclo longo da cultura e baixa organização da cadeia produtiva fizeram com que a produção fosse bastante reduzida. Hoje se cultiva cerca de cinco mil hectares, sendo que o produto mais famoso do país, é o algodão Pima, de fibra extralonga, produzido na região de Piura.  

 


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