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As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 73,63 milhões no primeiro mês do ano, queda de 60% em comparação ao mesmo mês do período anterior, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Conforme previsto pelo setor, as vendas externas de couros nos doze meses de 2008 foram reduzidas em mais de US$ 500 milhões. No tocante aos couros bovinos, as exportações registraram US$ 72,72 milhões, redução de 60% em comparação a janeiro passado.
“Neste início de ano, a indústria brasileira do couro contabilizou diminuição das vendas externas, devido aos efeitos da crise internacional”, analisa o presidente do CICB, Luiz Bittencourt . “Além disso, o desempenho do setor é constrangido pelas altas taxas de juros, burocracia excessiva, precariedade do sistema de infra-estrutura, e, principalmente, falta de capital de giro”.
“A indústria do couro está fazendo a sua parte, adotando medidas para se adequar ao novo contexto econômico, com vistas a manter os mercados conquistados, contando, para isso, com o inestimável apoio da ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos”, salienta Bittencourt.
O executivo, entretanto, ressalva que o setor precisa contar com o apoio das autoridades brasileiras, para minimizar os impactos da crise e criar um ambiente favorável à geração de riqueza, à manutenção de mercados duramente conquistados e a criação de novos empregos.
Como iniciativas para revitalizar o segmento, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil vem propondo ao governo o reajuste no Revitaliza (programa do Governo Federal que concede linhas de financiamento a capital de giro, investimento e exportação), e agilização nos ressarcimentos de créditos retidos nas exportações, dentre outras medidas.
“Nessa época de incertezas, crédito escasso e negócios reduzidos, o que os setores produtos precisam é de capital de giro”, afirma o presidente do CICB.
Em janeiro, os principais destinos do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, ambos com US$ 25,5 milhões (34,58% de participação); Itália, com US$ 20,8 milhões (28,42% de participação); e Estados Unidos, US$ 4,5 milhões (6,15%).
Neste primeiro mês do ano, a Índia foi um dos mercados que mais cresceu (205%), somando US$ 1,04 milhão, além do Peru (106%) que importou US$ 49,12 mil. O México foi outro país que aumentou 36% as compras do produto nacional, totalizando US$ 3,4 milhões.
O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) é uma entidade federativa que representa, há 52 anos, cerca de 800 empresas de produção e processamento de couro. O complexo industrial emprega cerca de 50 mil pessoas, movimenta um PIB estimado em US$ 3,5 bilhões e recolheu impostos da ordem de US$ 1 bilhão em 2007.
O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no primeiro mês do ano, em comparação a janeiro de 2008, indica que São Paulo continua na liderança estadual (US$ 20 milhões, participação de 27,2% e queda de 69%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 19 milhões, participação de 25,73% e redução de 56%), Ceará (US$ 7,72 milhões, 10,5% e decréscimo de 52%) e Paraná (US$ 7,23 milhões, 9,82%, e diminuição de 23%). Os demais estados são Mato Grosso (US$ 4, 34 milhões), Minas Gerais (US$ 3,44 milhões), Bahia (US$ 3,37 milhões) e Goiás (US$ 3,32 milhões).
Fonte: Secex/MDIC/CICB
Fleury Tavares
Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB)
(11) 5092-3746
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