IHARA participa da Agrishow e apresenta inovações tecnológicas para o aumento da produtividade rural
O Circuito Aprosoja foi realizado no município de Campos de Júlio nesta última quinta-feira (18), com o auditório do Sindicato Rural lotado. Mais uma vez, os produtores rurais participaram do debate sobre a soja no mundo, trocando experiências com os palestrantes de Argentina, Estados Unidos e China.
“Esta conversa é muito importante para todos os produtores rurais em um mercado globalizado. Acredito que saímos daqui mais otimistas, pois soubemos que os chineses não vão parar de comprar, como alguns analistas afirmaram”, comentou o delegado da Aprosoja em Campos de Júlio, Ademir Rostirolla.
Porém, nesta cidade quem recebeu muitas informações foram os palestrantes Bill Raben, Sebastián Gavalda e Lin Tan. Durante a tarde eles visitaram a propriedade da família Comiran e viram um pouco mais da estrutura utilizada para a produção de grãos. “O mais interessante é que todas as áreas são juntas. No meu país, plantamos 2.500 hectares, mas são áreas separadas, como se fossem várias fazendas”, contou o vice-presidente da Associação de Soja de Illinois, o segundo maior estado produtor de soja dos Estados Unidos.
Depois, a comitiva da Aprosoja seguiu para a Usimat Flex, primeira usina flex do Brasil, que está operando há um ano com a transformação de milho em etanol. No período da safra de cana-de-açúcar a usina processa cana e, na entressafra, passa a utilizar o grão como matéria-prima.
O diretor da indústria, Sérgio Barbieri, afirmou que o resultado está sendo satisfatório. “A usina deve absorver um pouco da produção de milho e substituir o combustível vindo de outras regiões. Como temos uma logística precária, isto facilita”, frisou.
No dia da visita havia começado o corte da cana-de-açúcar e os visitantes puderam ver as primeiras moagens. Para o executivo chinês Lin Tan ver todo o processo foi impressionante. Ele contou que já havia visto como se faz o caldo de cana-de-açúcar nas ruas de cidades como São Paulo e Balneário Camboriú/SC, mas nunca algo tão grande quanto a usina.
“O processo é muito pesado, foi interessante ver toda aquela cana-de-açúcar ser utilizada para fazer combustível. Também gostei de saber como eles utilizam todos os resíduos e geram, inclusive, a própria energia para a indústria”, disse.
Para Lin Tan, o processo de fabricação de etanol de milho é também interessante. “Acho que é um bom negócio para os produtores rurais locais”, destacou. O produtor rural de Campos de Júlio, Tiago Comiran, gostou desta interação. “O que sempre pensamos é que a lavoura do vizinho é melhor que a nossa. Mas conversando com os estrangeiros, percebemos que eles também têm suas dificuldades e isso é importante para todos”, finalizou.
O Circuito Aprosoja é uma realização da Aprosoja e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), com patrocínio da Bayer, Syngenta e Basf.
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