Duas unidades de processamento de castanha começam a funcionar na Bahia

20.04.2012 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Secretaria da Agricultura, Irriga

Duas unidades de processamento de castanha de caju, com capacidade de processar 750 kg de castanhas por dia, foram inauguradas na quarta-feira (18), no semiárido baiano. A unidade de Boa Hora, em Ribeira do Amparo, na Bahia, absorverá também a produção dos municípios de Cipó e Ribeira do Pombal. A outra, localizada em Novo Triunfo, atenderá os produtores dos municípios de Novo Triunfo, Antas e Sítio do Quinto.

O governador Jaques Wagner esteve presente na inauguração da unidade da Boa Hora, acompanhado de autoridades estaduais e municipais, além dos dirigentes da Fundação Banco do Brasil (FBB), Jorge Streit, e da Cooperativa de Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), Maria da Paz Ferreira Andrade, responsáveis pelo projeto. Também houve a presença de representantes da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada a Secretaria da Agricultura, que faz parte do processo desde o início e participa do comitê gestor de diversas associações de agricultores da região.

O governador conheceu as instalações da unidade e o processo de beneficiamento e demonstrou grande satisfação com o resultado visto. “Quero fazer dos agricultores familiares, empreendedores”, afirmou. Ele ressaltou a importância da organização dos agricultores em cooperativas e associações. “Cada um sozinho em sua roça se sente mais fraco, mas todos juntos e organizados são mais fortes e fica mais fácil direcionar políticas públicas para ajudar a melhorar a vida de todos”, garantiu.

O agrônomo da EBDA, José Augusto Garcia declarou que esse é um projeto de inclusão social, de valorização de uma cultura já tradicional na região, mas que era beneficiada fora, em outros Estados. “O projeto das beneficiadoras é importante para a valorização da cadeia produtiva, completando o trabalho da EBDA na introdução, desenvolvimento e difusão das tecnologias da cajucultura na Bahia”, afirmou.

De acordo com o consultor da Fundação do Banco do Brasil (FBB), Jesiel Campos, cada unidade representa um investimento de R$ 380 mil em construção e maquinário. “No total, já investimos R$ 4,5 milhões em todo o Estado. Pronta, cada beneficiadora gera 25 empregos diretos e atrai mais investimentos para a região”, garantiu Campos. Ele conta que as unidades devem absorver boa parte da safra da região, para garantir estoque de matéria-prima suficiente para que as fábricas funcionem com toda a capacidade, gerando emprego e renda durante o ano inteiro.

Para agricultora da Baixa da Roça, Anália de Jesus, trabalhar na fábrica é um sonho. “Nunca imaginei ter uma fábrica com tanta tecnologia na minha comunidade, e agora estou participando do curso para aprender a trabalhar aqui”, disse ela emocionada.

Presidente da Cooperacaju, Maria da Paz Ferreira de Andrade, disse que a inauguração das unidades é a concretização de um sonho. “Há muito tempo sonhamos com essa oportunidade e agora que alcançamos, vamos continuar lutando para aproveitar a riqueza que nossa terra tem a oferecer”, afirmou. Ela acredita que, com o funcionamento de todas as unidades, a cooperativa conseguirá volume de produção para fechar grandes contratos.

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