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O extrato de informações técnicas e comerciais viabilizado mensalmente aos 10 municípios participantes do programa Hortifruti Legal, do Senar/MS – Serviço nacional de Aprendizagem Rural contabilizou no mês de junho mais de R$ 235 mil em vegetais, folhosas e frutas comercializadas no Estado. Dourados e Paranaíba obtiveram destaque no relatório por somarem juntos 30% do valor total alcançado com vendas de produtos como milho verde, berinjela, alface, rúcula, cheiro verde e maracujá.
Implantado em Mato Grosso do Sul desde 2014, o programa é uma das metodologias de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial e tem a finalidade de apresentar um sistema de produção assistida para propriedades que desenvolvem culturas nas áreas de olericultura e fruticultura. Com 228 produtores atendidos até o momento, o Hortifruti Legal conta ainda com a figura do agente comercializador que intermedia o contato entre o agricultor e a empresa ou agroindústria interessada na produção.
Segundo o coordenador Francisco Paredes, a ideia de elaborar o extrato surgiu da necessidade de demonstrar aos sindicatos rurais os resultados da atuação do programa nas propriedades da região. “No documento é apresentado os resultados técnicos, produtivos, comerciais e também a avaliação técnica dos profissionais do Senar/MS que atendem os assistidos. Além de acompanhar todas as etapas, os representantes dos sindicatos terão indicadores consistentes que contribuirão na adesão de novas parcerias e compradores”, argumenta.
Fortalecimento continuado – A agente comercializadora do Hortifruti Legal é a agrônoma Alana Neto que relata o progresso alcançado pelo grupo de produtores familiares do assentamento Serra, localizado em Paranaíba. “No início do mês participamos de uma reunião com a empresa de polpas que está comprando a produção do grupo e o resultado foi animador. As famílias estão entregando semanalmente uma tonelada de polpa e o empresário garantiu por meio de termo de compromisso que comprará toda a produção, caso tenham condições de ampliar o volume. Além disso, mostrou interesse em absorver mais duas culturas que são o repolho e o tomate salada”, explica.
Para o presidente do sindicato rural, Wilberto Antônio de Amaral, o programa chegou na região para transformar a vida de famílias que antes, mal conseguiam obter sustento da atividade rural. “No caso dessa turma que está produzindo maracujá, o atendimento do Senar/MS foi como uma luz no fim do túnel, pois, muitos tinham que se deslocar para cidade e trabalhar como empregados, já que não conseguiam sobreviver do que plantavam ou criavam. Acredito que todos saíram ganhando, nós enquanto sindicato cumprimos nossa missão social ao solicitar o trabalho de assistência técnica e os produtores por demonstrarem que têm vontade de produzir e se desenvolver”, avalia.
Do outro lado de Mato Grosso do Sul também chegam boas notícias, especificamente no município de Dourados. A região que já apresentava aptidão produtiva em olericultura está comprovando que o trabalho metodológico do Senar/MS chegou para ajudar os produtores a se profissionalizarem e atenderem a demanda local por hortifrutigranjeiros. “Logo que começamos a desenvolver a pesquisa de mercado no município identificamos que os restaurantes tinham interesse em firmar contrato com produtores que pudessem oferecer frequência e qualidade em vegetais e folhosas. Apresentamos o trabalho e dois empresários começaram a comprar a produção e já estamos em negociação com mais quatro”, revela a agente de comercialização.
Quem comemora a conquista de um comprador fixo é o produtor Armando Lemanski, dono de uma propriedade há 40 km de Dourados. Ele que é técnico agrícola e chegou há mais de 25 anos do Rio Grande do Sul acredita que o programa foi um divisor de águas, por oferecer técnicas atualizadas de produção e ainda auxiliar no processo de comercialização. “Estou muito satisfeito e parabenizo a equipe técnica do Hortifruti Legal, já que com a assistência técnica aprendi mais e por isso, vendo mais”, observa.
Lemanski formalizou contrato com o proprietário de um restaurante e entrega semanalmente 80 maços de couve, 150 pés de alface, cheiro verde e berinjela. Na avaliação do produtor o papel do agente é fundamental para quem produz, pois, é muito difícil trabalhar na incerteza de não ter comprador certo. “Em minha opinião é melhor você ter um comprador ou dois no máximo para negociar a quantidade e os produtos, do que vender para vários e não ter regularidade. Eu comecei a entregar as folhosas e o comprador me falou que se eu investisse na produção de berinjelas ia adquirir também”, acrescenta animado.
Na avaliação do presidente do sindicato rural de Dourados, Lúcio Damalia, o acompanhamento oferecido pelo extrato de trabalho do programa é imprescindível para que mais produtores conheçam a eficiência da metodologia de assistência técnica do Senar/MS. “É um relatório que fornece aos sindicatos condições de acompanhar o trabalho do técnico e o desenvolvimento dos assistidos. Com os números em mãos temos condição de buscar mais parcerias e atuar efetivamente no desenvolvimento econômico do município”, conclui.
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