Digital Agro discute a internet das coisas

Primeira feira de inovação no campo é sucesso e aproxima a tecnologia digital do produtor rural; público chega a cinco mil pessoas nos dois dias de evento

22.09.2017 | 20:59 (UTC -3)
Luis Fernando Duarte

No segundo dia de painéis sobre inovação e novas tecnologias para o campo na Digital Agro, maior feira de tecnologia digital da América Latina, que acontece em Carambeí (PR), o grande tema dos debates foi o monitoramento e a gestão nas propriedades rurais, além da introdução da “internet das coisas” no campo, oportunidades de negócio que essa nova fronteira abre para produtores, pesquisadores e empresas do setor.

Com um público aproximado de cinco mil pessoas nos dois dias de realização do evento, organizado pela Frísia Cooperativa Agroindustrial, a Digital Agro discutiu temas como automação e robótica, monitoramento e sensoriamento e temas ligados a gestão e sucessão familiar no campo.

“Os painéis atenderam ao público, que se manteve até o fim de todos eles, inclusive com discussões com as startups, que tiveram muita importância no evento”, afirma Emerson Moura, superintendente da Frísia. Na sua opinião, a programação da feira cumpriu o seu papel e aproximou o produtor das ferramentas digitais de produção. “A Digital Agro é um sucesso. Aqui o produtor teve a possibilidade de ver a tecnologia ao vivo. Antes, ele tinha criado o conceito de que a tecnologia digital não era para ele, mas a feira quebrou esse paradigma”.

Luiz Fernando Sá, diretor editorial da StartAgro, projeto de conteúdo multiplataforma voltado ao agronegócio, afirma que a feira tem um “potencial magnífico” para ser uma referência em tecnologia e agricultura digital. “Ela é muito bem organizada. A Digital Agro nos permite trazer conteúdo e debates para perto do produtor”, destaca Sá. “Existem muitas feiras, mas em locais onde o produtor não tem acesso. E o produtor tem uma expectativa alta em relação a tecnologias, mas desde que elas sejam simplificadas”.

“O produtor rural terá que acelerar mais para alcançar a tecnologia, que está distante dele e não para de avançar. Até aqueles que já a utilizam precisam andar rápido para acompanhá-la”, conclui Moura.


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