Dia de Campo sobre Práticas Pós-colheita de Hortaliças supera expectativas

Mais de 60 participantes, excelente interação entre pesquisadores e produtores de hortaliças, profissionais de extensão rural e assistência técnica, empresários e estudantes universitários e de ensino agrícola e até novas soluções para a melhoria da qualidade da apresentação e facilidades para o consumidor deram a tônica do Dia de Campo sobre Práticas Pós-colheita de Hortaliças, realizado no final de setembro, em Nova Friburgo, RJ. O dia de campo atingiu seus objetivos e agradou tanto que já foi solicitada a sua reedição no município vizinho de Trajano de Morais.

Os pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos Marcos Fonseca, Antônio Gomes, Murillo Freire e o assistente de pesquisa Jorge Potxci realizaram o Dia de Campo com a objetivo de apresentar práticas acessíveis de manejo pós-colheita da produção que contribuam para reduzir as perdas de hortaliças e técnicas para melhorar a apresentação de brócolis e couve-flor e aumentar sua atratividade e valor, entre as quais o preparo de couve-flor e brócolis inteiras e o preparo e a embalagem de floretes. Segundo o organizador do evento, Dr. Marcos Fonseca, "A interação com os produtores foi tão proveitosa que, trocando ideias chegamos com eles a uma nova solução, simples e interessante que atende à demanda do mercado por cabeças de couve-flor e brócolis menores: separar os floretes ao redor do centro da cabeça e comercializá-los embalados, gerando assim dois produtos para atender consumidores com perfis distintos". O conhecimento e a aplicação dessas técnicas contribuem para que o produtor receba a remuneração que compense seu investimento e lhe dê lucro.

"Precisamos adaptar o conhecimento à realidade do produtor, tornar as coisas mais acessíveis", apontou Marcos Fonseca como o caminho para as reais mudanças ocorrerem. "Se conseguirmos que um produtor mude a sua forma de apresentação é uma semente que foi plantada."Essa adaptação também foi ressaltada por Adriana Maria Aquino, pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, que atua no Núcleo de Pesquisa e Treinamento para Agricultores, NPTA. Para ela, "Produzir todo mundo sabe, os detalhes é que eles não têm. Por isso foi tão importante essa atenção mais voltada para a Região Serrana. Trabalhamos a nível nacional, mas é importante olharmos para a região produtora de grande volume de hortaliças que abastecem o Rio de Janeiro", disse Adriana.

O Dia de Campo integra o projeto Ações de transferência de tecnologia e de comunicação em apoio à recuperação da agricultura da Região Serrana Fluminense e representa o sétimo módulo do curso Princípios e práticas agroecológicas em ambientes de montanha, oferecido desde o início do ano para agricultores familiares, lideranças rurais, técnicos, professores e estudantes pelo NPTA, mantido pela Embrapa.