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As vantagens da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) foram apresentadas pela Embrapa Pecuária Sul (Bagé/RS) e pelo 24º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão (NATE) do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) em Dia de Campo realizado na manhã dessa quinta-feira (10) na Parceria Agropecuária (PAP) Rubin Sul. O evento reuniu mais de 60 pessoas, entre produtores de arroz, pecuaristas, e técnicos.
A ILP é uma alternativa para intensificar o uso da terra e aumentar a sustentabilidade dos sistemas de produção, com incremento da renda. Tem como principais vantagens a maximização racional do uso do solo, da infraestrutura e da mão-de-obra, a diversificação e verticalização da produção, a redução dos custos e a diluição dos riscos e a agregação de valor aos produtos agropecuários.
Na estação envolvendo o cultivo de arroz integrado à pecuária de corte, o analista da Embrapa Pecuária Sul, Marcelo Pilon, e o proprietário João Augusto Rubin relataram todo o manejo realizado no sistema, em uma área de 50,29 hectares. As ações se deram entre março de 2009, quando o arroz foi colhido, passando pelos momentos de semeadura de forrageiras de inverno e pastoreio pelos animais, até fevereiro de 2011, já com a nova lavoura do grão. Também foi destacado o retorno financeiro obtido com a ILP, a partir dos dados de desembolso e receita da lavoura e da pecuária no período. “Vemos na ILP uma oportunidade para a produção de alimentos com menor custo. Mas existem barreiras culturais a serem quebradas. A maior delas é a falta de afinidade entre agricultores e pecuaristas, e entre proprietários e arrendatários da terra”, disse Pilon.
Os participantes também conheceram a experiência de Rubin com o cultivo de arroz em rotação com soja em área de várzea de 259 hectares. O arroz foi colhido em abril do ano passado, com o solo seco. A soca foi pastejada por vacas desmamadas cedidas por um produtor vizinho, para o posterior plantio da soja. “A parceria entre o agricultor e o pecuarista só dá certo quando um vê o lado do outro”, disse o produtor, lembrando que ao limparem a área destinada à soja, os animais eliminaram o custo desse serviço e garantiram a alimentação durante o outono. Além de benefícios como correção e incremento da fertilidade, otimização do uso de máquinas e controle de plantas daninhas, a rotação de culturas permite a decisão de plantar a cultura de verão que se mostrar mais vantajosa. “Com essa ferramenta (rotação arroz/soja) na mão, podemos ir para onde o mercado sinaliza”, observou Rubin.
Breno Lobato
Embrapa
(53) 3240-4660
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