Análise de Risco evita entrada de pragas
Inicia-se mais uma safrinha, estratégia de diluir os custos fixos da propriedade no decorrer do ano agrícola. A safrinha na sua grande maioria é semeada após a soja, sendo o milho a principal cultura para implantação na região dos Chapadões. O produtor deve tomar alguns cuidados, a fim de ocorrerem problemas após a implantação da cultura. A dessecação em pré-colheita da soja é uma prática realizada por parte dos produtores e permite a semeadura da cultura de sucessão numa época com precipitação ainda adequada e numa área com menor presença de plantas daninhas, favorecendo o desenvolvimento inicial da safrinha. O emprego da dessecação proporciona ainda benefícios como maior uniformidade de maturação, redução de perdas na colheita, redução de impurezas e melhor qualidade do grão colhido.
Antes do inicio da semeadura deve o produtor atentar-se que os grãos perdidos na colheita irão germinar em parte. Diante deste fato podemos desta forma ter o aparecimento de “tigüeras” no interior da lavoura, e para a cultura da soja deve o produtor destruir os restos culturais no estado de Mato Grosso do Sul até o dia 30 de junho de cada ano, e o que não cumprir está sujeito a penas impostas por órgãos reguladores.
Diante destas informações o produtor pode se planejar para melhorar o seu manejo, e uma das premissas é na escolha do herbicida. Um dos mais utilizados é a Atrazina, que apresenta bom controle sobre plantas daninhas de folhas largas de modo geral. Para os produtores que adotam este herbicida em pré-emergência deve lembrar que ajustando a cada tipo de solo, maiores doses promovem maior residual. Assim para quem perdeu muito na colheita sabe que precisa de um residual maior para tentar conter a germinação de plantas de soja.
Alguns produtores esperam a saída do milho para entrar com o herbicida, desta forma algumas plantas de soja já terão emergido e assim deve o produtor aplicar a fim de eliminar esta infestante neste caso. Uma dose muito comumente utilizada é a de 2,0 l.ha-1 de Atrazina, podendo ser adicionado óleo mineral ou não, dependendo o caso. No entanto deve o produtor ficar atento a condição das plantas de soja, que normalmente algumas acabam escapando, e desta forma não conseguirá mais acabar com estas plantas. Desta forma a analise antes da aplicação é muito importante a fim de evitar possíveis problemas, e vale melhor controlar do que remediar o problema para depois.
Resultados da Fundação Chapadão realizados na safra 2005/2006 demonstraram ser necessário doses acima de 2,5 l.ha-1 de Atrazina com a adição de óleo mineral para o controle de soja tigüera, desde que em início de emergência.
Aplicações de Glifosato a fim de eliminar as plantas daninhas presentes e que estão em emergência são muito importantes para evitar que plantas daninhas aumentem na área, devido também nesta época do ano (janeiro/fevereiro/março) apresentar maior desenvolvimento, e começar errado será difícil contornar o problema depois. Desta forma analisar antes da semeadura a condição das plantas daninhas é importante para definir qual estratégia a realizar, doses baixas a fim de economizar podem levar a percas em produtividade e também ao aumento do problema de plantas daninhas no talhão.
Os pesquisadores e técnicos da Fundação Chapadão estão sempre à disposição para solucionar qualquer dúvida referente ao manejo de plantas daninhas. O nosso telefone para contato é (67) 3562-2032.
Gabrieli Macedo
Germison Vital Tomquelski
Fundação Chapadão
(67) 3562-2032
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