Curso capacita em avaliação de impactos da Acacia para carvão e lenha na região de Iranduba/AM

01.12.2010 | 21:59 (UTC -3)

Novas diretrizes governamentais preveem a utilização da biomassa florestal para a matriz energética brasileira, sendo obrigatória à expansão da área de florestas plantadas no País. Essa expansão e o estímulo ao uso da biomassa como energia levam ao questionamento se estas cadeias produtivas podem se tornar viáveis, competitivas e sustentáveis.

 

Em 7 de dezembro de 2010, pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM) realizam curso de capacitação para avaliação de impactos socioambientais da Acacia mangium para produção de carvão e lenha na região de Iranduba, AM, na Embrapa Amazônia Ocidental.

 

Conforme o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Cláudio Buschinelli, o curso visa treinar os parceiros do Projeto Florestas Energéticas da Embrapa e representantes da cadeia produtiva do carvão vegetal e lenha em questões relacionadas à sustentabilidade de cultivos florestais energéticos como o da Acacia. Além disso, envolve uma consulta aos participantes por meio do Sistema Eco-cert.Rural, ferramenta de análise de impacto socioambiental de atividades rurais, que orienta as ações produtivas seguindo critérios de sustentabilidade.

 

De acordo com informações da Embrapa Amazônia Ocidental, a Embrapa e outras agências de P&D na região Norte têm estimulado a formação de florestas plantadas utilizando a Acacia mangium, a qual tem demonstrado ser uma excelente alternativa, pelas características de rápido crescimento e densidade de madeira”.

 

“Entretanto, por se tratar de uma inovação tecnológica, os plantios energéticos comerciais desta espécie ainda estão em estágio inicial de implantação, não havendo dados reais da produção em média e grande escala. A região de Iranduba, próxima de Manaus, destaca-se pela concentração de cerâmicas que têm demandado grandes quantidades de carvão como fonte energética. Este fato, aliado à existência de plantações comerciais de Acacia mangium na região, motivaram a escolha do local”, diz Buschinelli.

 

“A avaliação de impacto socioambiental tem sido apontada como importante ferramenta de planejamento, podendo prever e registrar de maneira quantitativa, os entraves e benefícios esperados com a implantação de uma nova atividade produtiva. Quando os principais representantes da cadeia produtiva são consultados, os resultados podem ter uma representatividade regional e uma dimensão ampla, do ponto de vista de seus diferentes elos” acredita o pesquisador. “Desta forma, os pontos fracos e fortes são identificados, facilitando a proposição de ações e políticas mais adequadas para o setor”.

 

Além de discutir a atualidade e perspectivas do cultivo de Acacia mangium no Brasil, será apresentado o componente ambiental do Projeto Florestas Energéticas da Embrapa e métodos de avaliação de impacto e de gestão ambiental de atividades rurais. Logo depois, haverá atividade prática com a avaliação da sustentabilidade de sua produção para geração de carvão e lenha na região.

 

São 35 vagas com inscrições gratuitas.

 

Cristina Tordin

Embrapa Meio Ambiente

(19) 3311-2608

cris@cnpma.embrapa.br

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