Avaliação de semeadoras em operações de culturas de inverno
Avaliação de 38 semeadoras de fluxo contínuo mostra os principais erros e acertos na semeadura de culturas de inverno em lavouras do Paraná.
A cultura do trigo já alcança 43% de área plantada dos 915.712 hectares previstos para a safra 2020. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira, 18 de junho, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), os produtores da região de Passo Fundo projetam um aumento de cerca de 30% da área de plantio em relação a 2019. Eles aguardam a diminuição da umidade dos solos, provocada pelas chuvas intensas no período, para retomar o plantio de trigo, que ocorre no período entre 10 de junho e 10 de julho. Já nas regionais de Frederico Westphalen, Santa Maria, Santa Rosa, Erechim, Bagé, Ijuí, Pelotas, Soledade e Caxias do Sul, a semana foi de ampliação das áreas de plantio. As lavouras implantadas estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo.
Na região de Frederico Westphalen, 60 mil hectares já foram implantados. Com a perspectiva de clima favorável e de bons preços, há tendência de elevação de 15% da área total a ser cultivada em relação ao ano anterior. Na de Santa Maria, a área plantada já chegou a 22 mil hectares, e também há perspectiva de aumento na área total em relação à safra passada. Na regional de Santa Rosa, o plantio avançou pouco devido aos solos muito úmidos, e área implantada já alcança 155 mil hectares. As lavouras plantadas antes das chuvas da semana estão bom estande de plantas e apresentam entre uma a três folhas desenvolvidas. Na de Bagé, a combinação de fatores favoráveis, como preços em alta, perspectivas climáticas favoráveis e parcerias com empresas privadas, tem sido responsável pelo incremento na estimativa de 50% de aumento na área em relação à safra passada. Também é de 50% a tendência de aumento de área com trigo na região de Pelotas, em relação a 2019.
Na canola, a semana chuvosa, os períodos nublados e a alta umidade relativa do ar diminuíram o ritmo de implantação da cultura, nas regionais da Emater/RS-Ascar de Ijuí e Santa Rosa. Nesta, a semeadura foi realizada em 13.970 hectares, onde predominam as lavouras em desenvolvimento vegetativo. As áreas implantadas no cedo já iniciam a floração. A expectativa da canola na região é bastante promissora, pois as lavouras foram beneficiadas pelas condições favoráveis do tempo durante o plantio e germinação.
Na cevada, nas regionais de Erechim e Ijuí, a implantação da cultura foi interrompida pelo excesso de umidade dos solos em decorrência das chuvas. Na de Erechim, a estimativa da intenção de plantio sinaliza que deverá ser mantida a área plantada na safra passada. Na de Ijuí, as lavouras implantadas apresentam bom estabelecimento, a emergência foi uniforme e o desenvolvimento inicial das plantas é satisfatório. As plantas recém-emergidas estão com uma a três folhas.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a aveia branca está em desenvolvimento vegetativo, sendo que a grande maioria das áreas apresenta elongação do colmo, e em pequenas áreas inicia a floração, com boa densidade de plantas e uniformidade nas lavouras. As plantas apresentam boa quantidade de afilhos, projetando alto potencial produtivo inicial.
Na maior parte das regiões do Estado, a semana apresentou grande variação de temperatura e alta umidade; tais condições impossibilitaram a finalização da safra, já encerrada em 99% dos cultivos colhidos. As solicitações de vistorias de Proagro seguem ocorrendo nas lavouras que utilizam a política de crédito rural no Estado. Até quarta-feira (17/06) foram realizadas 6.621 vistorias de Proagro em lavouras de milho por técnicos da Emater/RS-Ascar. Ao todo, já foram realizadas 18.671 vistorias desde 01 de dezembro de 2019, em virtude dos danos provocados pela estiagem.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Soledade, a finalização da safra está mais atrasada, com 96% das lavouras colhidas. O rendimento atual é de 2.810 quilos por hectare. As lavouras por colher são aquelas estabelecidas no tarde, no período pós-colheita do tabaco, e apresentam retardo na maturação devido às condições de tempo úmido devido às chuvas e de temperaturas baixas que acarretam prolongamento do ciclo e interferem na qualidade do grão. Após a colheita, esses grãos terão que passar por um processo de secagem para evitar perdas durante a armazenagem.
Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Erechim e de Porto Alegre, os produtores aguardam pela melhoria do tempo para concluir a colheita, realizada somente em pequenas áreas de municípios onde as precipitações foram menores. O rendimento médio em Ijuí tem se mantido em 1.340 quilos por hectare; em Erechim, 800 quilos por hectare; e em Porto Alegre, onde a colheita foi concluída, o rendimento médio é de 750 quilos por hectare.
Na regional de Lajeado, a oferta de frutas cítricas dos pomares do Vale do Caí aumentou de forma significativa nas duas últimas semanas. Entre as bergamoteiras, a colheita da Caí chegou a 25%, enquanto a da Poncã chegou a 20%. Apesar de a estiagem ter causado uma redução do tamanho da fruta madura, a doçura não foi afetada. Em testes realizados no âmbito do projeto de qualificação da fruta cítrica do Vale do Caí, desenvolvido pela Emater/RS-Ascar em parceria com o Sebrae, frutas da cultivar Caí em pomares de Pareci Novo demonstraram média de 13 graus brix, considerado excelente. Os preços recebidos pelos citricultores pela caixa de 25 quilos ficaram em média a R$ 27,00 para a Caí e a R$ 23,00 para a Poncã, com decréscimo em relação à última semana de maio, devido ao ingresso de um volume maior de frutas com o avanço da colheita.
Em relação às laranjas, estão em colheita as cultivares do Céu, laranja sem acidez, a cultivar Shamouti, de duplo propósito, tanto para o consumo ao natural como para elaboração de suco, e a umbigo Bahia, laranja de mesa por excelência. Também iniciou a colheita da Valência, destinada preferencialmente para elaboração de suco em lares, bares, restaurantes e na indústria.
Na região de Pelotas, as atividades de poda e limpeza estão sendo intensificadas, chegando a 20% dos pomares. Os produtores seguem renovando contratos de custeio da safra junto aos agentes financeiros, com apoio da Emater/RS-Ascar, com boas expectativas para a próxima safra. Os prognósticos de um inverno mais seco e frio deverão resultar em boa floração e bom pegamento de frutos.
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