Cultivo protegido reduz em até 90% a utilização de fungicidas nos parreirais

A Emater/RS-Ascar apresenta em seu espaço, durante a 35ª Expointer, uma tecnologia que pode reduzir em até 90% a utilização de fungicidas nos parreirais. Trata-se do cultivo protegido de videiras. “A cobertura plástica tem por objetivo evitar o molhamento das plantas, impedindo que se criem condições para a ocorrência de fungos”, explica o agrônomo da Emater/RS-Ascar de Taquara, Felipe Dias Pereira.

O cultivo protegido de videira está em expansão no Brasil, sendo adotado especialmente por produtores de uva de mesa e vinhos finos. “Em alguns casos, o produtor consegue diminuir 100% o uso de fungicidas, obtendo um fruto de melhor qualidade”, destaca Pereira.

Para ampliar a vida útil da cobertura plástica que reveste os parreirais, alguns cuidados devem ser tomados durante a instalação da estrutura. Conforme Pereira, deve-se evitar a formação de pontas que possam rasgar a cobertura e o contato direto dela com madeira, arames ou pregos. “O atrito com estes materiais e a ferrugem degradam o plástico”, explica Pereira. O uso de quebra-ventos e a não aplicação de fungicidas, diretamente, sobre o plástico também podem aumentar a durabilidade da cobertura. “Em média, o produtor troca a cada cinco anos a cobertura”, afirma Pereira.

Outro cuidado que deve ser tomado é quanto à altura da cobertura plástica, que deve proteger as folhas da chuva, mas não pode ficar muito próxima à planta. “A distância tem que permitir a circulação de ar, evitando o efeito estufa”, orienta Pereira.

O agrônomo da Emater/RS-Ascar salienta que os produtores devem ter atenção redobrada quando forem aplicar fungicidas. “Como as uvas não são ‘lavadas’ pela água da chuva, a quantidade deve ser a indicada”, destaca Pereira.

A 35ª Expointer será realizada até 2 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS.