Lei da Reciprocidade Comercial entra em vigor no Brasil
Norma é ação estratégica do Brasil para preservar interesses nacionais
Estudo realizado pela Embrapa aponta que, até 2100, 46% das doenças agrícolas no país serão mais severas. Culturas como soja, milho, café e arroz estão entre as mais afetadas. Aumento da temperatura e alteração nos padrões de precipitação favorecerão a disseminação de patógenos.
O estudo abrange 304 patossistemas (conjunto de patógeno e planta hospedeira) e 32 culturas de grande importância econômica para o Brasil. A pesquisa revelou que, atualmente, os fungos são responsáveis por 79% das doenças agrícolas estudadas.
A previsão é que o aumento da temperatura média proporcione condições ideais para a proliferação de doenças fúngicas, como antracnose e oídio. Em algumas regiões, esse aumento pode ultrapassar 4,5°C.
Doenças transmitidas por vetores também devem se intensificar. A população de insetos como pulgões, cochonilhas, moscas-brancas e ácaros tende a crescer com o calor, tornando-se mais ativa e vivendo por mais tempo durante o ano. Esse aumento representa risco elevado para culturas como batata, banana, tomate, citros e milho, que já enfrentam problemas com essas pragas.
O aumento da temperatura também pode reduzir a eficácia dos pesticidas, exigindo mais aplicações e aumentando os custos de controle fitossanitário.
O Brasil é líder mundial no uso de biocontrole, com a maior área agrícola sob controle biológico. No entanto, especialistas alertam que é necessário avançar na adaptação desses agentes biológicos às novas condições climáticas.
O estudo também ressalta que a adaptação às mudanças climáticas não pode ser responsabilidade exclusiva dos agricultores. É necessário esforço conjunto entre o setor público, privado e científico para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade do setor agrícola.
A adaptação às mudanças climáticas deve incluir o fortalecimento dos sistemas fitossanitários, a diversificação de cultivos, o uso de biocontrole e o investimento em tecnologias de monitoramento e previsão de epidemias.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.3390/plants13172447
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