Criação de Instituto das Águas é discutida em São Carlos/SP

04.07.2012 | 20:59 (UTC -3)
Joana Silva

O dia 5 de julho na Embrapa Instrumentação (São Carlos/SP) vai marcar o início das discussões referentes à criação do Instituto das Águas e Bacias Hidrográficas, envolvendo várias instituições brasileiras e a Academia de Ciências e Tecnologia do Marrocos. Para isso, o doutor em Ciências Naturais da Universidade de Paris, Albert Sasson, estará na Unidade, às 10 horas, para falar sobre os desafios e oportunidades em saúde, alimentos e nutrição e discutir os primeiros passos para a constituição do instituto.

Convidado pelo pesquisador Silvio Crestana, que também é membro daquela academia, a visita de Sasson significa o primeiro passo para o entendimento sobre a criação do Instituto das Águas e Bacias Hidrográficas, tendo uma base em São Carlos e outra no Marrocos. A discussão sobre essa iniciativa teve início em fevereiro deste ano, quando Crestana esteve naquele país para a reunião anual da academia.

De acordo com o ex-presidente da Embrapa o projeto prevê a participação da Embrapa, do Instituto Internacional de Ecologia – presidido pelo professor José Galizia Tundisi -, do Instituto de Estudos Avançados da USP São Carlos – com a participação do professor Sergio Mascarenhas - e da Academia de Ciência do Marrocos. “A vinda de Sasson ao Brasil é para discutir a criação da instituição, principalmente no tocante à cooperação internacional – uma das quatro pernas da proposta – que ainda envolve a pesquisa, a inovação e a difusão”, afirma Crestana.

O Instituto das Águas daria início as atividades já com estudos sobre duas bacias hidrográficas da região e outra importante contribuição seriam as pesquisas com os poluentes orgânicos persistentes (POPs), sobre os quais não há legislação e nem estudos.

A palestra do professor Sasson também é parte integrante do ciclo de eventos que a Embrapa Instrumentação vai realizar para discutir a revisão do Plano Diretor da Unidade (PDU). O palestrante tem uma vasta experiência em pesquisa envolvendo microbiologia, focada nos microorganismos de fixação livre e simbiótica de nitrogênio. Ele fez carreira na Faculdade de Rabat, Marrocos, onde também foi reitor. Na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) entrou em 1974, tendo ocupado vários cargos de direção na instituição, chegando ao posto de diretor-geral, em 1993. Ao se aposentar em 1996, foi nomeado assessor especial do diretor-geral, cargo que ocupou até 1999. Desde janeiro de 2000, Sasson fornece serviços de consultoria para a Unesco, Comissão Europeia e várias instituições marroquinas.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025