Unesp vai coordenar pesquisas em parceria com o setor produtivo
Centro de fitossanidade em cana-de-açúcar será financiado por Fapesp e Grupo São Martinho
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Milton Garbugio, e uma comitiva de dirigentes das associações estaduais e executivos das entidades, visitou nesta quinta, 20/02, a fábrica brasileira da empresa israelense Tama, instalada, desde 2014, no município de Feira de Santana, na Bahia. A companhia é a fabricante exclusiva dos filmes plásticos TamaWrap para as colheitadeiras John Deere 7760 e CP 690. Os fardos cilíndricos, envoltos no plástico amarelo, mudaram o modo de colher a fibra em todo o mundo. Estima-se que produto já tenha participação em cerca de 85% da safra brasileira de algodão. A unidade na Bahia, a única a produzir o TamaWrap fora de Israel, supre a demanda do Brasil, da Argentina e da África. Atualmente, sua capacidade produtiva é de 3,3 milhões de unidades do produto ao ano. Cada unidade representa um fardo de algodão no campo.
Na visita, os produtores aproveitaram a oportunidade para falar de iniciativas que já desenvolvem e contam com o apoio – dentre outras empresas – da companhia, como o movimento Sou de Algodão, que entrou no quarto ano de atividade. Em 2018, a Tama desenvolveu uma campanha engajada ao movimento. “Fizemos uma série especial do TamaWrap com tiragem suficiente para enfardar, aproximadamente, 1950 fardos com a logomarca do Sou de Algodão. Esses cilindros customizados ficavam à beira das rodovias, na Bahia e no Mato Grosso, e chamavam atenção de quem passava pela estrada”, lembra o gerente de Vendas e Marketing da Tama Brasil, Bruno Caetano Franco. O movimento Sou de Algodão é uma iniciativa liderada pela Abrapa, com ênfase em sustentabilidade, que visa a divulgar os atributos positivos da fibra natural e conquistar mais espaço na preferência do consumidor brasileiro.
“Quando a John Deere e a Tama uniram suas tecnologias, revolucionaram o jeito de colher algodão. Esse novo modelo mudou tudo, desde o tempo que a gente leva na colheita até a logística. Foi muito bom ver de perto como essas embalagens são produzidas. São produtos de alto valor agregado, e custo alto também, mas que representam mais qualidade e agilidade no processo”, afirmou Milton Garbugio.
“Abrir a porta para o produtor nos permite entender suas demandas e trabalhar conjuntamente no desenvolvimento das soluções que precisam”, completa Bruno Caetano Franco. Segundo ele, para esta safra, a empresa está trabalhando numa embalagem alternativa, projetada para a armazenagem do algodão por períodos de três a quatro meses. “Trata-se ainda um projeto piloto, com produção limitada a 150 mil unidades e preço reduzido em comparação ao tradicional”, revela. A Tama nasceu no Kibbutz Mishmar Ha'Emek, em Israel, comunidade agrícola, e tem 70 anos de expertise no desenvolvimento de produtos para o enfardamento de cultivos.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura