Corteva divulga resultados do Terceiro Trimestre de 2024

Na América Latina, a demanda por novos produtos ajudou a mitigar as perdas em volume no segmento de proteção de cultivos

07.11.2024 | 08:02 (UTC -3)
Revista Cultivar

A Corteva anunciou os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024. Destacou desafios enfrentados devido à dinâmica de mercado na América Latina. Esses fatores influenciaram negativamente as vendas e pressionaram a rentabilidade da empresa.

No terceiro trimestre de 2024, as vendas líquidas da Corteva somaram US$ 2,33 bilhões, queda de 10% em comparação ao mesmo período de 2023.

Essa redução reflete um cenário desafiador, especialmente na América Latina, onde o recuo foi de 19% nas vendas (10% em termos orgânicos) devido, em parte, à diminuição da área plantada de milho na Argentina e à pressão competitiva que afeta os preços dos produtos de proteção de culturas.

Esse contexto levou a uma redução de 8% nos preços globais, com destaque para os impactos nos negócios de Crop Protection (proteção de culturas) e Seed (sementes).

Na América Latina, a demanda por novos produtos ajudou a mitigar as perdas em volume no segmento de proteção de cultivos. Entretanto, a forte concorrência e a valorização do real brasileiro afetaram negativamente os preços na região, ressaltando a pressão competitiva no mercado agrícola local.

Setor de sementes

O segmento de sementes da Corteva foi particularmente afetado: queda de 21% nas vendas, totalizando US$ 691 milhões no trimestre. A retração de 12% nos volumes foi impulsionada pela menor área de plantio de milho na Argentina, enquanto os preços caíram 5% devido a maiores liquidações de fim de safra na América do Norte.

Esse resultado reflete também os efeitos cambiais desfavoráveis na América Latina e na EMEA (Europa, Oriente Médio e África), que contribuíram para o declínio de 4% nas vendas. Apesar das adversidades, o preço médio de sementes no acumulado do ano aumentou 4%, com demanda consistente por tecnologias de ponta.

Proteção de culturas

O segmento de proteção de culturas apresentou vendas líquidas de aproximadamente US$ 1,6 bilhão, queda de 4% em relação ao terceiro trimestre de 2023.

No entanto, o volume registrou um aumento de 11%, impulsionado pela introdução de novos produtos e pelo crescimento na demanda por espinosinas (spinosyns) e biológicos, especialmente na América do Norte e na América Latina.

A margem de EBITDA operacional deste segmento melhorou em 430 pontos base, indicando eficiência e controle de custos, mesmo diante da redução de preços e desafios cambiais.

Perspectivas para 2024 e 2025

Para o ano de 2024, a Corteva ajustou suas previsões financeiras, projetando receita anual entre US$ 17,0 bilhões e US$ 17,2 bilhões, leve contração em relação ao ano anterior. O EBITDA operacional deve atingir entre US$ 3,35 bilhões e US$ 3,45 bilhões, com um lucro por ação operacional entre US$ 2,50 e US$ 2,60. A empresa prevê ainda um fluxo de caixa livre entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2,0 bilhões.

Para 2025, a Corteva mantém uma perspectiva de crescimento moderado, com uma previsão de vendas de até US$ 17,7 bilhões e um aumento de 12% no EBITDA operacional.

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