Convênio entre Embrapa e ABBA facilita a validação de cultivares e clones elite de batata

A Embrapa Produtos e Mercado e a Associação Brasileira da Batata (ABBA) assinaram Convênio de Cooperação Técnica para validação agronômica e mercadológica de cultivares e clones elite de

06.04.2016 | 20:59 (UTC -3)
Vera Scholze Borges/ Embrapa

A Embrapa Produtos e Mercado e a Associação Brasileira da Batata (ABBA) assinaram Convênio de Cooperação Técnica para validação agronômica e mercadológica de cultivares e clones elite de batata, como são chamados os materiais selecionados pela pesquisa.

A Embrapa e a Associação já atuam juntas há muitos anos e com o tempo e a experiência no trabalho de validação das cultivares evoluíram para este contrato que permite a expansão das Unidades de Observação e Validação para uma área de abrangência maior, com mais agilidade e rapidez do que vinha sendo realizada.

O gerente geral da ABBA, Natalino Shimoyama, responsável pela gestão do convênio por parte da associação está animado com a formalização da parceria de quase 20 anos com a Embrapa. “Agora vamos acelerar a aprovação de novos materiais para os segmentos da indústria e do consumidor com os quais trabalhamos”, informou.

Shymoyama explica que cada produtor é especializado em determinadas demandas, tanto para a indústria como para o consumidor. Alguns trabalham com cultivares de batatas voltadas para a indústria de palitos congelados, outros para a indústria de chips e outros ainda para a venda de produtos frescos, diretamente ao consumidor. “Procuramos levar os materiais da Embrapa para os diferentes produtores especializados e o convênio vai dar agilidade para esse trabalho” afirma o gerente da ABBA.

O analista Antônio Bortoletto, da Embrapa Produtos e Mercado, que atua no Escritório de Canoinhas (SC) e é responsável pela gestão do convênio por parte da empresa, concorda com o gerente da ABBA em relação à agilidade do processo de formação das áreas de validação. “A partir de agora, ao invés de realizarmos um contrato com cada produtor, a ABBA se responsabilizará pelos contratos de seus associados e a Embrapa vai agilizar o preparo das Unidades de Observação que envolve o fornecimento de material vegetal, orientação detalhada para a instalação, manutenção, acompanhamento e validação”, conclui o analista.

A ABBA tem cerca de 100 bataticultores associados que plantam 40.000 ha de batata e detém mais de 50% da área cultivada no Brasil. Considerando estes números, pode-se imaginar como esse convênio vai acelerar o processo de validação das cultivares.

Arione da Silva Pereira, pesquisador da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) atua com desenvolvimento de cultivares de batata e ratifica a importância deste convênio. “Na medida em que os clones elite vão sendo testados e aprovados em grande parte das propriedades dos bataticultores associados, fica mais fácil a adoção deste material, porque eles podem verificar o desenvolvimento das cultivares em seus plantios comerciais.

“O grande avanço deste sistema é o contato com maior número de produtores, isso ajuda a desenvolver a tecnologia”, afirma Nelson Pires Feldberg, gerente do Escritório de Canoinhas. “Vamos disponibilizar os clones elite para os produtores, auxiliá-los na instalação das Unidades de Observação e depois vamos coletar a opinião deles sobre o material, diz Feldberg, é assim que funciona este trabalho de validação”.

“Nas próximas colheitas teremos mais pessoas envolvidas na cadeia produtiva da batata, opinando sobre o material que queremos lançar, isso trará um ganho qualitativo nas validações”, complementa Bortoletto.

A etapa posterior à validação também fica a cargo da Embrapa Produtos e Mercado que lança os editais de oferta pública para interessados em se tornar licenciados da Embrapa na multiplicação de sementes.

“Nesta fase do processo é importante que mais produtores tenham conhecimento das características e do desenvolvimento da nova cultivar, assim aumentamos o número de candidatos interessados em serem parceiros da Embrapa, resultando em mais sementes no mercado”, analisa Antônio Bortoletto.


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