Congresso da Abag debate os desafios e as oportunidades do agronegócio para suprir o mundo com alimento e energia

O 11º Congresso Brasileiro do Agronegócio, que será realizado na segunda-feira (6), em São Paulo, terá como tema central “Brasil – Alimentos e Energias – Seguranças Globais”. Promovido pela Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, o evento reunirá as mais destacadas lideranças da cadeia produtiva do setor e será aberto com uma palestra do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

O encontro coincide com um dos momentos mais importantes e desafiadores do agronegócio brasileiro, pois há uma intensa discussão sobre a instabilidade na oferta de alimentos e energia no mundo. Segundo estudos da FAO - Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas, a produção agrícola mundial tem de crescer 60% até 2050 para atender as necessidades de alimentação de uma população mundial com maior renda, mais numerosa, idosa e urbana.

Ainda segundo estimativas da FAO, por sua liderança natural na área agrícola, o Brasil deve responder por cerca de 40% desse crescimento necessário para garantir segurança alimentar ao mundo. Esse ponto deverá merecer atenção especial dos palestrantes e debatedores do 11º Congresso da Abag. Eles deverão demonstrar que o País tem plenas condições de atender o crescimento na demanda. Afinal de contas, atualmente ele já é o maior exportador de café, suco de laranja, açúcar e carne bovina; além de ser o segundo maior produtor mundial no complexo soja, terceiro nas carnes de aves, quarto no milho e quinto no algodão.

Na mesma linha de raciocínio sobre as perspectivas da área de alimentos, um cenário de demanda futura de energia indica a necessidade, segundo análise da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de se descobrir mais quatro Arábias Sauditas em petróleo nos próximos 20 anos, o que equivaleria a um aumento de 40 milhões de barris por dia, em relação ao volume produzido atualmente.

Nesse campo, o Brasil também leva grande vantagem, pois o etanol é um projeto consagrado e já abastece 45% da frota brasileira de automóveis. Além disso, o bagaço da cana deverá gerar, até 2020, bioenergia suficiente para atender o consumo de 73 milhões de pessoas, uma população sete vezes maior que a da cidade de São Paulo. Esses dados confirmam o decisivo papel desempenhado pelo Brasil num cenário mundial com demanda cada vez maior por alimentos e bioenergia.

06 de agosto de 2012 (segunda-feira)

Sheraton São Paulo WTC Hotel – Av. das Nações Unidas, 12.559 - São Paulo (SP).

das 08h00 às 19h30