As preocupações com o clima nas regiões produtoras de milho do Brasil e dos Estados Unidos têm impulsionado as cotações do cereal, visto que as recentes geadas e as previsões de uma nova frente fria no BR e o clima seco e quente nos EUA podem reduzir o potencial produtivo das lavouras. Neste contexto, vendedores brasileiros estão reticentes em negociar a preços menores, reduzindo a liquidez interna.
Além disso, segundo colaboradores do Cepea, os produtores no Brasil estão focados na colheita da segunda safra 2020/21, que segue atrasada em relação à temporada anterior em todas as regiões produtoras. Assim, agricultores priorizam as entregas dos lotes negociados antecipadamente, aguardando o avanço da colheita para contabilizar possíveis perdas de produtividade.
Do lado dos consumidores, uma parte tem optado por aguardar as entregas e/ou um maior volume colhido para retornar aos negócios. No entanto, os que não têm mercadoria para o curto prazo têm aceitado os patamares pedidos por vendedores, que, em alguns casos, superam R$ 100/saca de 60 kg.
Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa avançou 2,7% entre 16 e 23 de julho, indo a R$ 99,99/sc de 60 kg na sexta-feira, 23, o maior valor nominal desde 31 de maio deste ano. De 1º a 23 de julho, o Indicador já acumula alta de 11,6%.