Parcerias com Reino Unido buscam melhoria do desempenho bioeconômico do nitrogênio nas lavouras
Os estudos irão abranger diversas culturas, como milho, arroz, feijão e trigo
As fortes chuvas e as altas temperaturas registradas nos últimos meses foram fatores determinantes para queda de qualidade na oferta de hortaliças nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. Com isso, os preços comercializados estão pressionados, registrando aumento geral nas cotações dos produtos ofertados no final de 2015. O cenário tende a se manter durante o 1º trimestre deste ano, uma vez que há expectativa de maior frequência de chuvas para o período. É o que revela o 1º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado nesta terça-feira (26/1) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo analisa os preços de comercialização no atacado em dezembro do ano passado. O boletim está disponível na área de destaques do site da Conab: www.conab.gov.br
A batata registrou altas em todos os mercados pesquisados, sendo mais expressivos no Rio de Janeiro e em Campinas. A elevação se deve, principalmente, à redução da oferta devido à saída da produção do entorno de Brasília e de São Paulo, aliada ao atraso da entrada da safra produzida no sul do país e em Minas Gerais, além dos custos com insumos e transporte, que são atrelados ao dólar.
O tomate também apresentou alta nos preços, influenciados pela moeda norte-americana e pela escolha dos produtores em plantar cebola no último ano, que apresentava-se mais vantajoso para o agricultor. O comportamento dos preços deverá ser mantido, como já pode ser verificado nos primeiros 15 dias deste ano no mercado atacadista em São Paulo.
As importações da cebola voltaram a crescer e ocuparam destaque na comercialização, levando ao aumento dos preços. Se comparado com 2014, houve um aumento de aproximadamente 80% da importação. Espera-se ainda uma quebra de cerca de 50% da safra caso se confirme a baixa produtividade na região sul, provocada pelo excesso de chuvas.
A cenoura e a alface seguiram o comportamento das demais hortaliças, registrando alta na maioria dos entrepostos. Para os próximos meses, a situação dos preços dependerá do nível de chuvas nas principais áreas de produção, que impacta na oferta e qualidade dos produtos.
Frutas
De maneira geral, as frutas continuam com alta nos preços nas centrais brasileiras devido à queda da oferta em vários entrepostos atacadistas, aliada com a alta demanda das frutas no final do ano. A alta do dólar também provoca pressão nos preços a partir dos custos de produção, ao mesmo tempo que impulsiona cada vez mais as exportações. Em alguns casos, as questões climáticas também influenciaram na redução da oferta do produto, como ocorreu com a banana e a maçã. O excesso de chuvas nas principais regiões produtoras prejudicou a produtividade e acarretou a diminuição da área cultivada das frutas.
A laranja até chegou a apresentar maior quantidade de oferta do produto. As constantes chuvas nos meses de agosto e setembro, beneficiaram os laranjais e aumentaram a produtividade, mas não acompanhou a elevação da demanda, impactando na subida dos preços. Já o mamão e a melancia apresentaram alta devido, principalmente, às questões relativas ao custo de produção e ao aumento nas exportações.
O levantamento é feito nos mercados atacadistas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e considera a maioria dos entrepostos localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Ceará.
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