Em viagem a Ásia, ministra debaterá abertura de mercado de frutas e carnes com o Japão
A ministra inicia nesta segunda viagem de 16 dias por quatro países da Ásia: Japão, China, Vietnã e Indonésia.
Cada vez mais relevante no cenário nacional, o milho já é responsável pela produção de cerca de 1,4 bilhão de litros do etanol total produzido no país, somando-se anidro e hidratado. Os dados foram coletados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e divulgados nesta terça-feira (7) junto com o 1º Levantamento da Safra 2019/2020 de cana-de-açúcar, que traz também dados do etanol da cana, além da produção do açúcar no país.
Para o coordenador geral de cana-de-açúcar e agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cid Caldas, esse novo nicho de mercado é promissor.
“É um novo negócio, ou seja, o Brasil tem a possibilidade de fazer etanol de milho, fazer etanol de cana e no futuro fazer etanol de segunda geração que é o etanol de biomassa. Não dá para se dizer que pode se fazer etanol de milho em todo Brasil porque depende das condições, depende do preço aonde está o produto. Esse é um nicho de mercado que está se criando bastante promissor, os investimentos nessa indústria são bastante expressivos, então espera-se que nos próximos quatro, cinco anos cheguemos aí a quase 5 milhões de litros de etanol de milho”, disse Caldas.
Segundo o estudo, o estado que mais produz etanol de milho é Mato Grosso, seguido por Goiás e Paraná. “Existe a perspectiva de surgirem novas unidades de produção, porque outros estados já estão investindo para iniciar sua produção nos próximos anos”, afirma o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Guilherme Bastos. Segundo ele, entre as vantagens do milho em relação à cana, está o fato do Brasil ser um dos maiores produtores do grão.
Quanto aos números da cana-de-açúcar, o primeiro ciclo da safra 2019/2020 indica que o Brasil deverá produzir cerca de 616 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 0,7% em relação à safra anterior, que foi de 620,4 milhões de toneladas. A explicação seria a retração da área colhida, estimada em 8,38 milhões de hectares, uma queda de 2,4%, se comparada à safra 18/19. Embora tenha havido um aumento da produtividade média, não foi suficiente para influenciar positivamente na produção.
A novidade neste levantamento é que a produção de açúcar voltou a aumentar e deverá atingir cerca de 31,8 milhões de toneladas, ou seja, um crescimento de 9,5%. “Isso demonstra uma tendência de reequilíbrio entre a destinação de cana-de-açúcar para a fabricação de açúcar e de etanol”, garante Bastos.
“Mas, embora o açúcar esteja se recuperando, a tendência é que o mercado ainda se mantenha mais atrativo para o etanol, em razão principalmente da grande quantidade que existe de açúcar no mercado. A Índia, por exemplo, mantém a sua produção elevada e isso diminui nossa exportação e puxa o preço no mercado interno para baixo. Com isso, o produtor opta por investir no combustível”, conclui o diretor.
O 1º Levantamento da Cana mostra que a produção total de etanol está prevista para 30,3 bilhões de litros. Isso representa uma diminuição de 4,2% em relação à safra passada, que foi de 33,1 bilhões. O anidro, utilizado na mistura com a gasolina, deverá ter aumento de 11%, alcançando 10,6 bilhões de litros. Já no caso do hidratado, o total produzido deverá ser de 19,7 bilhões de litros, com redução de 16,5% ou 3,88 bilhões de l.
Para saber mais dados relativos a este levantamento, como, por exemplo, a quantidade produzida nas regiões e outros, clique aqui.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura