Commodities agrícolas iniciam ano com recuo de preço; soja perde 29%

03.02.2015 | 21:59 (UTC -3)

As exportações de commodities iniciam o ano sem grandes perdas no volume, mas com preços inferiores aos de janeiro de 2014.

Uma das principais quedas de preço vem da líder do setor agrícola: a soja.

Cotada, em média, a US$ 411 por tonelada no mês passado, a soja perde 29% nos preços ante os valores de igual período de 2014. As exportações deste período do ano, no entanto, ainda são pequenas porque a safra está apenas começando.

As estimativas inicias indicam que as receitas externas com soja poderão recuar até US$ 8 bilhões neste ano, em relação às obtidas em 2014.

Outro produto de peso na balança comercial brasileira, as carnes perderam preço e volume exportado. O país vendeu 74 mil toneladas de carne bovina "in natura", com queda de 26% em relação a janeiro de 2014.

Já a exportação de frango, o líder entre as proteínas, perde 4% no volume e 5% nos preços médios no período.

O café continua sendo o diferencial da balança comercial. O Brasil vendeu a saca do produto, em média, por US$ 201 no mercado externo no primeiro mês deste ano, 51% mais do que em janeiro de 2014.

Aproveitando os preços melhores, os exportadores elevaram o volume vendido, que atingiu 2,73 milhões de sacas no mês passado.

Outro produto que surpreendeu foi o milho, com aumento no volume das vendas. Foram 3,2 milhões de toneladas em janeiro. O preço, no entanto caiu 5% ante 2014.

Fora das commodities agrícolas, o minério de ferro tem a liderança nas perdas de preço e de receitas. O valor médio da tonelada recuou 49% no mês passado, para US$ 51.

Vinho As vendas internas de vinho recuaram 4% em 2014, quando se trata de produtos do Rio Grande do Sul. Já as de espumantes cresceram 5,5%, segundo o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho).

Exportações A venda externa das empresas ligadas ao Wines of Brasil somou US$ 8,5 milhões em 2014. Incluindo as empresas fora desse programa, as exportações atingiram US$ 9,5 milhões, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Líder Entre as exportadoras, a liderança ficou com a Vinícola Aurora, que atingiu receitas de US$ 2,8 milhões. Em 2013, a exportação da vinícola havia sido de US$ 934 mil, informou a empresa.

Estoque de suco de laranja deve recuar 16% no ano

No final de 2014, o estoque global de suco de laranja brasileiro atingiu 1 milhão de toneladas, 4,2% menos do que em 2013, aponta a CitrusBR (associação do setor).

Em 30 de junho, o "estoque de passagem" de safra das associadas será de 447 mil toneladas de suco (FCOJ equivalente a 66º brix), 16% menos do que em junho de 2014.

O processamento de laranja das associadas à CitrusBR será de 250 milhões de caixas de 40,8 kg na safra 2014/15. A moagem das não associadas, de 20 milhões. Esses 270 milhões de caixas superam em 4,6% os dados de 2013/14.

O rendimento industrial subiu, diz o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto. Com 240,5 caixas de laranja se produz uma tonelada de suco -a previsão era de 265.

Sete meses depois, Roberto Rodrigues deixa a Unica

No momento em que o setor sucroenergético consegue alguns avanços, Roberto Rodrigues deixa o conselho deliberativo da Unica.

Na presidência há sete meses, Rodrigues surpreendeu o setor com a saída, justificada por ele por dois motivos. Primeiro, a entidade não necessita de uma presidência-executiva e de um presidente de conselho. Uma pessoa é suficiente, e a Elizabeth Farina, presidente-executiva, "vai muito bem", diz.

Segundo, dois dos pontos básicos do setor -o retorno da Cide (contribuição sobre combustíveis) e a elevação da mistura do anidro à gasolina para 27%- foram atingidos.

Apesar desses objetivos pontuais conseguidos, Rodrigues lutava por uma estratégia de longo prazo para o etanol.

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