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Com média de 48 sacas por hectare, Mato Grosso do Sul encerrou a colheita de soja correspondente à safra 2012/13. Mesmo com fatores climáticos negativos na região sul do Estado, a produção de 6 milhões de toneladas do grão proporcionou uma safra recorde, representando um aumento no volume de 20,4% em relação a colheita passada. A Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja MS) e a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul) realizaram o levantamento da atual safra por meio do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio de MS (SIGA-MS) e divulgaram os números nessa segunda-feira (01).
Os maiores índices de produtividade foram registrados nos municípios do Centro/Norte do Estado, que apresentaram média de 55,5 sacas por hectares, com destaque para as propriedades de Chapadão do Sul, Costa Rica, Coxim, São Gabriel do Oeste e Sonora, que apresentaram médias acima de 52 sacas por hectares.
Segundo dados do SIGA-MS, a safra representou um acréscimo de 11% na área total destinada à soja em relação ao ciclo anterior, passando de 1,8 milhões de hectares para 2,1 milhões. No comparativo com a safra 2009/10, verifica-se que Campo Grande, Naviraí e Ponta Porã são os municípios que mais aumentaram sua área de produção da oleaginosa. A capital do Estado teve acréscimo de 62% na área, passando dos 13 mil hectares para 21 mil; Naviraí destinava 47,1 mil hectares e acrescentou 30% de área, chegando a 61,1 mil hectares, enquanto que Ponta Porã passou dos 139,9 mil hectares para 176,7 mil, aumento de 26%.
A média acumulada de chuva, entre outubro de 2012 e fevereiro de 2013 ficou em 697,9 milímetros, o que desfavoreceu o rendimento do grão, uma vez que o índice necessário para o cultivo de soja é de 1200. A maior concentração de chuvas ocorreu ao Norte de MS, onde foi registrado 1100 milímetros, enquanto que a região de Bonito, ao sul do Estado, ficou com média abaixo de 500 milímetros.
O projeto SIGA-MS realizou análises coletando dados da safra em 448 propriedades das principais regiões produtoras do Estado, que totalizaram 411.547 hectares, o que representa 21,2% da área de soja cultivada em MS. Além dos registros de chuvas e produtividade, para as considerações os técnicos levaram em consideração data do plantio, ciclo da cultura, infestação por plantas daninhas, pragas e doenças, sistema de cultivo, textura do solo, existência de unidades de armazenamento e variedades utilizadas.
O plantio do milho safrinha acompanhou a evolução da colheita da soja e a estimativa do SIGA-MS é de que toda a área destinada ao grão já tenha sido plantada.
Foto: Divulgação
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