Fertilizantes em solos leves do Matopiba serão tema de oficina
O manejo da fertilidade do solo e o uso correto dos fertilizantes em solos leves é ainda um desafio
A colheita do algodão está acontecendo em Mato Grosso, principal produtor. Até o início da terceira semana de julho, 7,15% da área semeada havia sido colhida, segundo dados do IMEA - Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária.
O ritmo dos trabalhos está avançado frente a safra passada, quando 4,74% fora colhida até meados de julho. O cenário positivo de preços e de retorno econômico no ciclo passado estimulou o aumento da área semeada na temporada atual. Para a safra 2018/19, a estimativa de área ocupada com algodão aumentou 35% em Mato Grosso, segundo o IMEA.
A expectativa é de incremento de 35,4% na produção mato-grossense de pluma, passando de 1,35 milhão de tonelada em 2017/18 para 1,85 milhão de toneladas nesta safra.
Agosto começa frio em áreas do centro-sul e oeste de Mato Grosso. A passagem de uma frente fria associada a uma forte massa de ar polar promete derrubar a temperatura em muitas cidades agrícolas de Mato Grosso. Os capulhos do algodão já estão abertos, portanto este frio de Agosto não vai influenciar tanto. Normalmente, o frio atrasa a colheita quando o algodão ainda não está aberto. O que pode influenciar a colheita neste momento, é a umidade que estará mais alta entre os dias 02 e 04 de Agosto, comenta a agrometeorologista da Climatempo,Tatiane Cravo.
As projeções indicam que pelo menos até o dia 09 e 10 de Agosto serão observados temperaturas baixas em áreas produtoras do centro sul, oeste e na divisa com Rondônia.
Depois deste período, a tendência é de elevação da temperatura, principalmente da temperatura máxima com tardes mais quentes e secas. Não há expectativa de chuvas significativas para Mato Grosso até o final do mês de Agosto. A atenção se volta para uma maior incidência de queimadas, alerta a agrometeorologista.
Com relação a produção brasileira de caroço de algodão, a expectativa é de 3,95 milhões de toneladas este ano, frente as 3 milhões de toneladas originadas na safra passada. Aumento de 32,9% (Conab).
Com base nesta maior oferta, a expectativa é de preços frouxos para o caroço de algodão este ano, em relação ao ano passado. Outro ponto importante, é a menor pressão sobre as cotações do farelo de soja em 2019, que reflete em menor pressão também sobre as cotações de outros alimentos concentrados proteicos.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na primeira quinzena de julho, a tonelada do caroço de algodão está cotada, em média, em R$380,00 em Mato Grosso, uma queda de 5,8% comparado com junho último e 18,6% menor em relação a julho de 2018.
Em São Paulo, o caroço está cotado, em média, em R$723,75 por tonelada, 3,4% abaixo do mesmo período de 2018.
A relação de troca com o insumo melhorou. Considerando a cotação da arroba do boi gordo em São Paulo, são necessárias 4,61 arrobas de boi gordo para a compra de uma tonelada de caroço de algodão, melhora de 0,3% no poder de compra do pecuarista em relação a junho deste ano.
Desde o início do ano, a relação de troca melhorou 5,9%. A produção de caroço de algodão será recorde. Com a colheita em andamento, a expectativa é de preços frouxos em curto e médio prazos. Para o pecuarista, o momento é oportuno para a aquisição do alimento.
É importante, porém, analisar a disponibilidade do produto na região e a sua viabilidade de uso, em função do frete.
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