Colheita de uva é aberta oficialmente na Região Centro Serra do RS

01.02.2013 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Com uma expectativa de colheita de aproximadamente 40 toneladas, será aberta oficialmente nesta sexta-feira (1º), às 17h, no município de Passa Sete/RS, a quinta edição da colheita da uva da região Centro Serra. A estimativa considera a ocorrência de quebra na produção em torno de 30 a 40%.

“A redução é causada pelas adversidades climáticas como geada tardia, excesso de chuva e vento frio, nos meses de outubro e novembro, durante as fases de floração e formação do grão, além de queda de granizo e vendaval”, explica o extensionista da Emater/RS-Ascar de Passa Sete, técnico agrícola Emocir Joel dos Santos.

A abertura da colheita será realizada na localidade de Campo de Sobradinho São Pedro, nos vinhedos de João Calheiro, com recepção ao público e visitação ao parreiral, numa promoção da Emater/RS-Ascar, prefeitura, Associação de Vitivinicultores do Centro Serra (Avitis) e Cooperativa Vinícola Serrana.

Após, às 19h30min, no Ginásio de Esportes São Pedro, haverá pronunciamentos das autoridades e palestra sobre diversificação de culturas na propriedade rural. Também estão programadas apresentações artísticas, homenagem aos produtores e degustação de produtos coloniais.

Em Passa Sete, 13 agricultores familiares cultivam aproximadamente 6,5 hectares de parreirais das variedades bordô, francesa, isabel, niágara branca e rosa e goethe (casca dura).

Na região Centro Serra, a Emater/RS-Ascar atua na organização dos produtores e na assistência técnica através de reuniões, visitas e demonstração de métodos nas propriedades. “A fruticultura vem sendo incentivada no município como forma de diversificação nas propriedades e alternativa de renda”, conta Emocir. As principais culturas com potencial de mercado são a videira, a laranja, o kiwi e a ameixa. “São culturas permanentes que deixam um bom valor econômico em relação à área que é ocupada”, diz o técnico.

Aproveitando o clima seco, cerca de 100 produtores de Pinhal Grande, na Quarta Colônia de Imigração Italiana, estão em ritmo acelerado de colheita da uva nos cerca de 40 hectares cultivados no município.

“Os cuidados vão desde a hora mais adequada do dia para fazer a colheita e o tipo de recipiente em que as uvas colhidas serão colocadas, até o grau de maturação correto e o controle sensorial que deve ser feito para saber se os frutos estão no ponto certo. Sem isso, toda a dedicação dos meses de cultivo pode ser comprometida e, por causa de detalhes, o produtor pode ter prejuízos no final das contas”, afirma o extensionista da Emater/RS-Ascar de Pinhal Grande, técnico em agropecuária Rodinei Carvalho dos Santos.

No município, porém, haverá uma redução na produção de aproximadamente 5%. “Houve acúmulo de práticas conservacionistas do solo que fizeram com que, na época de estiagem, as plantas não sentissem muito o estresse hídrico e, consequentemente, a produção deste ano não fosse afetada”, explica Rodinei.

Para o produtor Felipe Giuliani, o tempo está colaborando nessa fase final da videira. “Estamos conseguindo colher a uva bem madura e, o mais importante, os frutos estão apresentando um bom teor de açúcar, o que é um ponto essencial para a fabricação de um bom vinho”, diz ele. Com 50% de uvas já colhidas, o parreiral da família ocupa uma área de 4 hectares em Pinhal Grande, com as variedades niágara, francesa, bordô e goethe (casca dura).

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