Indicadores agrícolas de maio saem nesta semana
Os consumidores, cada vez mais exigentes, são grandes responsáveis pela boa qualidade da safra de caqui em Minas Gerais.
A avaliação é do engenheiro agrônomo Deny Sanábio, coordenador de Fruticultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Ele admite, entretanto, que a natureza deu uma boa ajuda, com distribuição regular de chuvas no último verão. “As plantas receberam água em quantidade adequada durante o período de formação dos frutos e com isso houve bom desenvolvimento”, explica.
Até junho, quando termina a colheita, a produção no Estado deve chegar a 9,9 mil toneladas, pouco acima das 9,7 mil toneladas obtidas em 2009. O município de Turvolândia, no Sul de Minas, é responsável por quase dois terços desse total – cerca de 6 mil toneladas. Em seguida desponta Antônio Carlos, com 1,5 mil toneladas, e em terceiro lugar fica Barbacena (680 toneladas).
“O caqui está com uma boa aceitação no mercado e isso estimula dos produtores a investir mais, não só ampliando a área plantada mas também com bons tratos culturais, o que aumenta a qualidade e reduz perdas”, analisa Sanábio.
O coordenador da Emater-MG alerta ainda para os cuidados que os fruticultores precisam ter em relação ao planejamento das culturas, para conseguir escoar a produção sem atropelos. “O caqui é muito perecível e resiste por poucos dias em câmara fria, sem perda de qualidade. Por isso, é importante cultivar variedades diferentes, para não ter a colheita concentrada em um curto período. Com o plantio escalonado, é possível ter uma safra mais extensa, com melhor possibilidade de colocação do produto no mercado, por um preço que compense os custos”, explica.
Outra estratégia para ampliar os ganhos com a atividade é investir no beneficiamento das frutas, como a desidratação. “É uma forma de agregar valor ao caqui, obtendo mais receita com a mesma produção, durante um período maior do ano, já que desidratação amplia o prazo de validade", sugere Sanábio. Ele explica que o processo é simples e pode ser feito de forma artesanal, com um desidratador feito de madeira e vidro, com uso do calor do sol. Há também modelos elétricos à venda no mercado, que aceleram o processo.
O caqui é rico em carboidratos, fibras, cálcio e potássio, além de ser boa fonte de vitamina C, com 30 mg em cada 100 gramas da fruta fresca. Minas Gerais tem 534 hectares plantados com caqui. Outros 92,5 hectares estão com plantas em fase de formação, o que deverá contribuir para aumentar a produção da fruta nos próximos anos. A produtividade média é de 18,5 mil quilos por hectare, mas pode chegar a 20 mil quilos, dependendo dos tratos culturais e da tecnologia aplicada à cultura.
Miriam Fernandes
Assessoria de Comunicação da Emater-MG
/ (31) 3349-8241
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